sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Midrash Beshalach



As nuvens de Elohim protegem Bnei Israel no deserto
 Elohim tirou os judeus do Egito para levá-los à Erets Israel. O caminho mais curto para lá era cruzando através da terra dos Pelishtim.

Porém, Elohim os conduziu por um caminho diferente, maior: ao redor da terra dos Pelishtim. O caminho mais curto, pensou Elohim, tornaria demasiado fácil para os judeus o retorno ao Egito. Assim que fossem atacados pelos inimigos, sentiriam medo e tratariam de voltar ao Egito. Por esta razão, Elohim os levou pelo caminho mais longo, através do deserto.

Como Moshê e Bnei Israel sabiam o caminho?
Elohim enviou uma nuvem que os precedia, e eles a seguiam. À noite, uma coluna de fogo mostrava o caminho. Iluminava o povo de Israel, para que pudessem ver no escuro. Além disso, nuvens os rodeavam, dando-lhes proteção: uma a leste, outra a oeste e outra pelo sul. Uma outra nuvem se estendia debaixo dos seus pés como um tapete, para suavizar-lhes o caminho e levar os tsadikim (homens justos). Outra nuvem flutuava no ar sobre eles e os protegia do calor do sol. Toda a travessia do deserto foi feita sob a proteção de Elohim.

Uma parábola:

Por que Elohim enviou uma coluna de fogo à noite? O rei estava muito ocupado. Todos aqueles que tinham uma reclamação a fazer iam vê-lo neste dia, de modo que pudesse escutá-los e emitir um juízo que estabeleceria a paz entre as partes conflitantes.

Os filhos do rei estavam sentados ao redor do trono, escutando os sábios pareceres emitidos pelo pai. Uns atrás dos outros, os súditos iam e vinham. Quando o último saiu, o dia havia chegado ao fim. Caía a noite. A sala do trono estava se tornando escura. O rei pôs-se de pé, acendeu uma tocha, e a colocou à frente dos filhos, para que pudessem achar o caminho e sair do palácio. Todos os nobres e serventes se apressaram em correr para ajudá-lo. "Não se preocupe em segurar a tocha para seus filhos, majestade!" exclamaram. "Nós o faremos."

O rei replicou: "Não seguro a tocha para meus filhos por não ter quem o faça por mim. Seguro-a eu mesmo porque desejo mostrar o quanto amo meus filhos. Então vocês os tratarão com o devido respeito."

De maneira análoga, Elohim enviou sua coluna de fogo adiante de Bnei Israel no deserto. Poderíamos dizer que "levou uma tocha por eles." Fez isso para mostrar às nações o quanto ama os judeus.
 Elohim esperava que as nações então dariam aos judeus o merecido respeito.

O faraó persegue Bnei Israel

Quando o Povo de Israel saiu do Egito, o faraó e toda sua corte se sentiram consternados. "Que erro cometemos ao deixar sair todos estes escravos judeus!" lamentavam-se. "Agora eles têm até ouro e prata!"

O primeiro pensamento do faraó foi perseguir o Povo de Israel, mas vacilou. Afinal, ele e seu povo acabaram de sofrer as dez terríveis pragas.

Elohim, porém, fortaleceu o faraó na sua decisão de perseguir Bnei Israel, pois queria que o exército do faraó se jogasse no Yam Suf (Mar de Juncos). Este seria o castigo final pela crueldade do faraó e dos egípcios, por haver afogado sem piedade os meninos judeus no rio Nilo. Elohim ordenou a Moshê: "Diga a Bnei Israel que dê a volta e se encaminhe novamente ao Egito, para que o faraó pense que se perderam. Então os perseguirá."

Assim que o faraó escutou que os judeus estavam se aproximando novamente do Egito, convocou os generais e o exército. "Os judeus estão andando em círculos," exclamou. "Parecem estar perdidos. Rápido, vamos atrás deles. Cavalgarei à frente do exército. Quando os alcançarmos, mataremos todos os judeus e recuperaremos nosso dinheiro."
O próprio faraó preparou sua carruagem. Não quis esperar pelos criados, tão ansioso estava para persegui-los.


O Povo de Israel percebe que o exército do faraó se aproxima

Quando os judeus olharam para trás, viram que o exército do faraó os perseguia muito de perto, e estava a ponto de alcançá-lo. Ficaram apavorados. "O faraó nos levará de volta ao Egito para converter-nos novamente em escravos," gritaram em pânico. "Ou farão isso, ou nos matarão."

Começaram a fazer tefilá (orar) e a clamar por Elohim, rogando que os salvasse. Alguns judeus que eram malvados queixaram-se a Moshê: "Por que nos tiraste do Egito? Agora o faraó nos destruirá!"

Uma parábola: A ave de rapina e a pombinha

Uma pombinha era perseguida por uma enorme e ameaçadora ave de rapina. A avezinha sabia que fugir não adiantaria de nada, pois não podia voar tão rápido como a ave de rapina. Tampouco podia lutar, pois era muito mais fraca. Logo a ave de rapina alcançaria a pombinha e a destroçaria.
Voando, a avezinha procurava desesperadamente um lugar onde esconder-se. Logo descobriu uma rocha num campo que estava sobrevoando. Sobre a rocha, viu um espinheiro. Era perfeito! A pombinha podia refugiar-se ali, onde a ave de rapina não poderia segui-la. Entrou no espinheiro e encontrou uma pequena cova na rocha. O que seria isso no fundo da cova? Para seu espanto, a pomba escutou um sibilar ameaçador. Uma serpente venenosa se aproximava, a língua em riste, a ponto de atacar. A cova era seu ninho. O que poderia fazer a pombinha? Se se adiantasse, a cobra a devoraria. Se retrocedesse, a ave de rapina a mataria. A pombinha começou a bater as asas, tentando atrair a atenção do dono do campo. Se pudesse escutá-la, espantaria a ave e mataria a serpente.

De maneira similar, o Povo de Israel estava encurralado. À sua frente, abriam-se as vastas profundezas do Yam Suf (Mar de Juncos). Se seguissem adiante, se afogariam. Mas não podiam deter-se, pois às costas tinham o exército do faraó, pronto a matá-los. Que fazer?
Clamaram a Elohim.
No céu, Avraham, Yitschac e Yaacov também despertaram e oraram a Elohim. "Por favor, Elohim, ajuda nosso povo!"
 Elohim disse: "estava esperando que os judeus orassem a Mim. Agora vou salvá-los. Elohim disse a Moshê: "Aceitei sua tefilá ( oração), não precisas mais orar. Ordena a Bnei Israel que siga adiante, pois Hei de salvá-los.

Os judeus continuavam avançando. O exército egípcio os seguia. Elohim, porém, fez com que os egípcios não alcançassem os judeus. Os egípcios trataram de atacar disparando flechas contra os judeus pela retaguarda, mas Elohim mudou a posição da nuvem que ia à frente de Bnei Israel, deslocando-a para trás. A nuvem atalhou todas as flechas dos egípcios, de modo que nenhum judeu ficou ferido.

Uma parábola:

O pai cuida do seu filho
Um pai levava seu filho a um local que só podia ser alcançado cruzando-se um bosque escuro e solitário.
"Não te preocupes" o pai tranquilizou o filho. "Cuidarei para que nada aconteça."

Começou a aterradora viagem. Logo um grito estranho rompeu a quietude do bosque. Um bandido armado com um facão pulou em frente aos viajantes, seguido por seu bando. Logo, o pai escondeu o filho atrás de si, apontou o revólver para a cabeça do líder e disparou, fazendo o mesmo com outro bandido.

O resto da quadrilha fez meia volta e desapareceu a toda velocidade.

O filho suspirou aliviado, mas a viagem não continuou sendo nada agradável. Um lobo apareceu por trás deles, rugindo ameaçadoramente. O pai pôs o filho diante de si, e disparou contra o lobo.
Pouco depois, animais selvagens atacaram de todas as direções, mas o pai dominou a situação. Tomou o filho nos braços e não o soltou nem por um instante, enquanto o protegia.

Logo chegaram a uma clareira, e o sol começou a castigá-los. O pai estendeu um manto sobre o menino para protegê-lo do sol. Quando o menino tinha fome, o pai o alimentava; quando tinha sede, dava-lhe de beber.

Assim como o pai protegeu o filho de todos os perigos, Elohim protegeu os hebreus na sua travessia pelo deserto, guiados por Moshê. Quando o faraó e seu exército atacaram Bnei Israel, Elohim enviou Sua nuvem, que geralmente viajava na frente, para que os protegesse também atrás. 


Kriat Yam Suf (Elohim abre o mar)

Quando os judeus estavam a ponto de chegar a Yam Suf ( Mar de Juncos), Moshê lhes ordenou em nome de Elohim: "Sigam adiante! Elohim fará um milagre. O mar recuará."

Entretanto, grandes ondas se quebravam na praia. O mar estava tão bravio como sempre; poderoso e ameaçador.

 Elohim estava aguardando. Queria pôr à prova o Povo de Israel para ver se realmente confiavam nEle e se acreditavam que secaria o mar. Continuariam entrando no mar?

Nachshon ben Aminadav, o líder da tribo de Yehudá, não pensou duas vezes. Sua fé em Elohim era tão forte que saltou ao mar sem temor. Os outros judeus que confiavam em Elohim o seguiram. Continuavam adiante, embora a água lhes chegasse ao pescoço.

 Elohim disse: "Sua grande emuná (fé) em Mim será recompensada." Ordenou a Moshê que estendesse a mão. Toda a água recuou abrindo um caminho por entre as águas que formavam paredes altas dos dois lados. Então o restante dos judeus cruzou pelo meio do mar, sobre terra firme.

Os milagres durante a travessia

Não havia um só caminho através do mar, pois Elohim criou doze diferentes trilhas secas, pelas quais Bnei Israel pôde cruzar. Deste modo, cada uma das doze shevatim (tribos) pôde cruzar pela sua própria trilha.

À direita e à esquerda de cada trilha, a água se congelou para formar uma parede alta. A água também formou um teto sobre as cabeças, de modo que cada tribo caminhava por um túnel. As paredes e o teto protegiam os judeus das flechas dos egípcios. Elohim também designou anjos especiais para que protegessem os túneis e cuidassem de Bnei Israel para que não sofressem nenhum dano.

O que acontecia se um menino judeu sentisse sede ao cruzar Yam Suf (Mar de Juncos)? Assim que pedia água, a parede congelada a seu lado se abria e dela surgia uma fonte de água fresca. Assim que o menino terminasse de beber, o manancial voltava a transformar-se em gelo. Se uma criança tinha fome e começava a chorar, acontecia outro milagre. As paredes de Yam Suf (Mar de Juncos) produziam de imediato uma maçã ou uma romã, ou o que a criança desejasse. A mãe estendia a mão, pegava a fruta e a dava ao menino. Este começava a sorrir e desfrutava o resto da travessia pelo oceano. Todos os judeus cruzaram sãos e salvos. 


O faraó e o exército se afogam

O exército do faraó também estava se aproximando do mar. Os egípcios atravessaram uma tormenta de granizo e carvões ardentes, que Elohim jogou sobre eles, para confundi-los.

Os primeiros soldados egípcios entraram no mar imediatamente depois de Bnei Israel. Para eles, o mar não era terra firme como para os judeus. Para os egípcios, o solo estava cheio de barro pois a coluna de fogo mandada por Elohim fazia com que a terra ficasse tão quente que os cascos dos cavalos caíram por causa do calor e as rodas das carruagens se incendiaram. Por isso, os cavalos dos egípcios não podiam deter-se e regressar. Elohim os fez arrastar as carruagens mais e mais mar adentro. A cada passo que davam, as carruagens sacudiam de um lado a outro, pois haviam perdido as rodas. Os que iam sentados nelas estavam doloridos. "Saiamos daqui!" gritavam. Elohim está lutando pelos judeus."

Porém, por mais que tentassem voltar com a carruagem, não o puderam. Elohim fez com que os cavalos continuassem sua marcha adiante, e arrastassem os egípcios a uma morte horrível.
Quando o último dos judeus havia saído dos túneis, e todos os egípcios estavam no meio do mar, Elohim ordenou a Moshê: "Estende a mão!" Quando Moshê obedeceu, a água que havia formado paredes sólidas se dissolveu, e voltou a ser mar. Derramou-se em jorros sobre os egípcios, suas carruagens e seus cavalos. Os egípcios saíram das carruagens e ficaram de bruços na água.

Ao mesmo tempo em que os egípcios caíam na água, todos os egípcios que haviam permanecido no Egito também foram castigados. (o midrash não relata de que forma foram castigados.)

O fim do faraó

Existem opiniões diferentes no Midrash sobre se o faraó se afogou ou não. Segundo uma opinião, o faraó foi o último dos egípcios a cair no Yam Suf.

De acordo com esta opinião, o anjo Gabriel desceu e manteve o faraó com vida debaixo da água durante 50 dias, infligindo-lhe terríveis sofrimentos. Assim foi castigado por suas palavras zombeteiras. "Quem é Elohim que devo escutá-Lo?" Como a palavra "quem" tem valor numérico de 50, o castigo do faraó no mar foi prolongado por 50 dias antes de morrer.

Segundo outra opinião, Elohim salvou o faraó da morte. Embora a princípio o faraó tenha zombado, mais tarde fez teshuvá (se arrependeu) quando viu seu exército se afogar. Quando caiu no Yam Suf (Mar de Juncos), exclamou: "Quem entre os poderosos é como Tu, Elohim!!" Quando Elohim viu que o faraó havia feito teshuvá, disse: "Hei de salvá-lo e ele falará ao mundo todo acerca de Minha grande força e os milagres que realizei."
 

Elohim enviou um anjo para tirar o faraó da água. O anjo levou o faraó a uma cidade chamada Nínive, onde mais tarde tornou-se rei e levou todo o povo a fazer teshuvá.

O Midrash conclui: "Ambas opiniões são corretas: primeiro Elohim fez o faraó sofrer e afogar-se; ficou debaixo da água e foi coberto por ela. Mas Elohim o salvou antes que morresse."


Bnei Israel entoa uma shirá, cântico de graças, no Yam Suf (Mar de Juncos)

O dia em que os egípcios se afogaram era o sétimo dia desde que os judeus saíram do Egito. A Torá nos ordena que celebremos o sétimo dia de Pêssach como Yom Tov, dia em que não podemos trabalhar. Esse dia é marcado como o dia da libertação dos judeus do Egito. Até então, ainda corriam perigo de ser destruídos pelo exército do faraó.

Quando Bnei Israel viu os maravilhosos milagres de Elohim e compreenderam que haviam sido salvos e os egípcios castigados, depositaram toda sua confiança a Elohim e Moshê. Elohim lhes deu ruach hacodesh (Espírito se Santidade), e todos entoaram uma shirá, um cântico de louvor a Elohim.
Começava assim:

"Hei de cantar a Elohim pois Ele é sumamente grande. Arrojou o cavalo e seu ginete ao mar."
E terminava com as seguintes palavras:


"Elohim governará para todo o sempre. (Assim como castigou os egípcios, castigará todos aqueles que se rebelam contra Ele, e salvará aqueles que O escutam.)"
 

As mulheres dançavam e cantavam em separado.
No Yam Suf (Mar de Juncos), o Povo de Israel se tornou ainda mais rico que quando saíram do Egito. Os cavalos egípcios estavam adornados com ouro, prata e pedras preciosas. Elohim fez com que o mar arrastasse todos estes metais e pedras preciosas até a costa, onde Bnei Israel recolheu os tesouros.

  Elohim adoça a água amarga de Mará

Os judeus continuaram viajando pelo deserto para chegar ao monte Sinai. Ali, Elohim lhes entregaria a Torá. (Como se lembram, o motivo pelo qual Elohim liberou os judeus do Egito era entregar-lhes a Torá no monte Sinai.)

Entretanto, Elohim quis pôr os judeus à prova para ver se confiavam nEle, e se mereciam receber sua preciosa Torá.

Uma prova aconteceu em Mará, caminho do monte Sinai.

Quando o Povo de Israel chegou a Mará, a água desse lugar era amarga e não servia para beber. (Mará significa amarga; a Torá chama este lugar por que a água era amarga lá).

Por isso, o Povo de Israel tinham estado procurando água, uma fonte ou um poço, por três dias. Não haviam encontrado água e tinham muita sede.

 Elohim estava pondo Bnei Israel à prova. Protestariam ou confiariam em Elohim e rezariam a Ele?

A maioria do povo não protestou. Apenas os eirev rav e os reshaim (malvados) se queixaram. "O Que haveremos de beber?" Elohim prometeu a Moshê: "Realizarei um milagre para Bnei Israel. Apanhe um ramo da árvore que te mostrarei e joga-o na água amarga!" Elohim mostrou a Moshê um ramo de sabor amargo. Elohim ordenou: "Agora, joga o ramo na água amarga."

Moshê obedeceu e a madeira amarga adoçou toda a água. Agora Bnei Israel tinha água suficiente para beber. Todos os judeus viram o grande poder de Elohim. Os eirev rav fizeram teshuvá por haver protestado.

Em Mará, Elohim deu aos judeus algumas mitsvot (mandamentos) da Torá, ainda antes que a Torá tivesse sido outorgada, de maneira que se acostumassem a observar Torá. Uma das mitsvot que aprenderam em Mará foi guardar o Shabat. 


Maná – o alimento da fé

Um mês depois de deixar o Egito, o Povo de Israel havia utilizado toda a massa que havia levado. Estavam agora no deserto, onde não crescia vegetação alguma. Como poderiam obter comida?
Desta vez todos os judeus, não apenas os eirev rav, protestaram. "Nos trouxeste ao deserto para morrer de fome?" queixaram-se a Moshê e Aharon. "Dá-nos pão e carne!"

 Elohim anunciou a Bnei Israel: "Dar-lhes-Ei pão e carne. Posso alimentar toda uma nação no deserto. Estais certos em pedir pão, pois estais famintos, mas não devereis pedir carne, pois poderiam ter sacrificado alguns dos animais que tendes. Não obstante, dar-lhes-Ei carne também. Mas para demonstrar que estou aborrecido, recebereis a carne à tarde, quando já não tereis muito tempo de prepará-la para a ceia."

No dia seguinte, quando os judeus despertaram, o deserto estava coberto de grãos brancos e brilhantes. Haviam caído do céu durante a noite.

"Que é isso?" perguntaram os judeus com assombro.

"É a comida que Elohim nos envia" explicou Moshê. De agora em diante, serão encontradas sobre o solo todas as manhãs.

O Povo de Israel chamou o novo alimento de man, maná. Ao comê-la, viram que era doce e deliciosa.

 Elohim ordenou a cada pai que todos os dias recolhesse um omer (pouco mais de dois quilos) por cada membro da família. A maioria dos pais não pegava a medida exata. Alguns recolhiam um pouco mais de um omer por pessoa, outros menos. Mas, quando chegavam em casa e o pesavam, sempre havia exatamente um omer para cada membro da família. Se haviam recolhido a menos, o maná aumentava; se fosse demais, o maná diminuía.

Após comer o maná, Moshê ensinou os judeus a recitar o bircat hamazon (bênção de agradecimento pelo pão) até as palavras hazan et hakol.

Todas as manhãs, quando o Povo de Israel despertava, o café da manhã estava pronto para ser recolhido e degustado. Os tsadikim (justos) encontravam suas refeições à entrada das tendas. Elohim lhes facilitava a comida para que não perdessem tempo do estudo de Torá e no cumprimento das mitsvot. Aqueles que não eram tsadikim tinham que andar um pouco mais para recolher o maná. Os reshaim (malvados) tinham que andar bastante.

Que gosto tinha o maná?
Era doce e delicioso. Podia ter qualquer sabor que se desejasse. Bastava que a criança dissesse: "Queria que meu maná fosse mel", e este tinha gosto de mel.

Qual a quantidade de maná que chovia todas as manhãs? O suficiente para alimentar os judeus por dois mil anos! Logo, os judeus estavam usando apenas a mínima parte do maná que caía. A maior parte ficava no chão e se derretia sob o sol. Por que Elohim permitia tamanho desperdício? É porque Ele queria mostrar Seu grande poder: Podia fornecer muito mais do que somos capazes de consumir

As mitsvot relacionadas com o maná

Moshê advertiu o Povo de Israel: não guardem maná de um dia para o outro. Todas as manhãs receberão maná fresco.
Os judeus obedeceram, exceto os reshaim (malvados) Datan e Aviram – os mesmos repreendidos por Moshê no Egito por estarem brigando – que não confiaram nas palavras de Moshê. E se amanhã o maná não caísse? Guardaram um pouco, só para ter certeza… Mas tiveram uma surpresa desagradável. Não puderam comer o resto do maná no outro dia, porque tinha um odor horrível e estava cheio de vermes.

Moshê estava aborrecido com Datan e Aviram. Geralmente Elohim protegia os judeus de todos os insetos e bichos, e agora esses reshaim tinham feito com que um alimento maravilhoso e celestial ficasse infestado de vermes!

Quando chegou sexta-feira, erev (véspera) Shabat aconteceu algo estranho. Os pais recolheram um omer de maná como de costume. Mas ao chegar em casa, viram que a porção estava duplicada! Cada omer se transformara em dois! Que significava isto?
Moshê explicou: "Amanhã é Shabat e não cairá maná, pois Shabat é um dia santo e de descanso. Todas as sextas-feiras recebereis porção dupla de maná, para durar até o final de Shabat." Alguns não acreditaram. Outros desobedeceram a ordem. "Sairemos no Shabat para buscar maná!" Naturalmente, tratava-se de Datan e Aviram.

Porém por mais que procurassem, não acharam maná em lugar algum. Elohim estava descontente com eles e castigou-os por seu comportamento. 

Elohim ordenou a Moshê: "Guarda um pouco de maná num frasco para que as futuras gerações possam saber como os judeus se alimentaram no deserto."

Durante a travessia do deserto, encontravam maná todas as manhãs.
À noite, Elohim dava carne a Bnei Israel. Fazia cair aves sobre o acampamento. Eram aves casher, gordas e saborosas, que os judeus podiam comer. Elohim dá a Bnei Israel água de uma rocha num lugar chamado Masá Umerivá.

O povo de Israel se encontrava agora num lugar no deserto onde não havia fontes de água. E os judeus tinham muita sede.

Os judeus que não eram grandes tsadikim (justos) começaram a protestar: "Elohim não está ao nosso lado. Por que não nos dá água?"

 Elohim havia dito a Moshê: "Agora Vou fazer um milagre. Toma teu cajado. Escolha uma rocha e bata nela com o cajado até que se parta. Um milagre acontecerá e a água brotará da rocha."

Moshê golpeou a rocha perante os zekeinim (anciãos) do povo. Brotou tal quantidade de água da rocha que puderam beber à vontade. Os judeus chamaram a rocha de "Manancial de Miriam", pois sabiam que Elohim lhes havia dado água no deserto por mérito da irmã de Moshê, Miriam, que era uma grande tsadeket (justa). Desde então, durante toda a travessia do deserto, tiveram água em abundância.


A batalha contra Amalec

Amalec era neto de Esav. Os filhos e descendentes de Amalec, os amalekim, odiavam os judeus.

Os amalekim haviam escutado que Elohim estava protegendo os judeus e que havia partido o Yam Suf ( Mar de juncos) para salvá-los. Mas não deram importância. As outras nações não ousavam atacar os judeus depois do milagre da separação do mar, mas os amalekim não ligavam e decidiram atacar Bnei Israel. Não apenas odiavam os judeus, como também eram inimigos de Elohim, pois não O temiam. Os amalekim se infiltraram no acampamento de Israel e começaram a atacar os judeus que caminhavam fora das nuvens de Elohim. (Tinham de caminhar atrás das nuvens, pois haviam pecado).
Moshê disse a seu aluno Yehoshua: "Os amalekim pensam que nos vencerão, pois o antepassado Esav foi abençoado por Yitschac com as palavras: "Tu ganharás a guerra." Hei de orar a Elohim para que possamos ganhar deles. Irei ao alto da colina, para orar ali, de modo que todos os judeus me vejam e dirijam seus corações a Elohim junto comigo."

"Você, Yehoshua, prepare um exército de tsadikim para lutar contra Amalec."

Yehoshua escolheu um exército de tsadikim. Moshê subiu à colina, com seu irmão Aharon e o sobrinho Chur, o filho de Miriam. Ordenou a Bnei Israel que jejuasse neste dia.

Moshê sentou-se sobre uma pedra, elevou as mãos ao céu, e fez tefilá (oração). Quando o Povo de Israel olhou para cima e viu Moshê, também dirigiram suas orações e corações ao céu. Elohim escutou suas preces e fortaleceu o exército de Yehoshua para lutar contra os amalekim. Porém, os braços de Moshê começaram a enfraquecer de cansaço. Já não podia mantê-los ao alto. Quando os judeus viram isso, ficaram desanimados e já não podiam continuar dirigindo com a mesma força e ânimo seus corações para Elohim, e então o exército de Amalec se fortaleceu.

Aharon e Chur ofereceram ajuda a Moshê. Elevaram os braços dele e os seguraram. Quando os judeus viram que os braços de Moshê estavam todo o tempo elevados, continuaram orando com todas as forças.

 Elohim aceitou as tefilot (preces) de Bnei Israel e considerou que era um povo santo. Concedeu a vitória a Yehoshua e seu exército. Os amalekim perderam a batalha e voltaram a seu país.
 Elohim disse a Moshê: "Quando os judeus se estabelecerem em erets Israel e tiverem seu próprio rei, sua primeira tarefa será lutar contra os amalekim.Todos os reis judeus deverão combatê-los, até que toda a nação seja destruída. Eu também ajudarei a aniquilar os amalekim, pois são uma nação de réprobos, que não Me temem."

Uma parábola:

Amalec se assemelha a uma mosca. Você já viu um enxame de moscas? Sabem o que as atrai? Basta deixar um pedaço de carne apodrecer em um lugar aberto e logo estará coberto de moscas. As moscas sentem a podridão e se sentem atraídas. Mesmo se as espantarmos, voltarão.

Nossos Sábios comparam a nação de Amalek com as moscas. "Sentem" quando os judeus estão "podres" (fracos ou maus). Toda vez que os judeus fraquejam no estudo de Torá e mitsvot, atacam.
Em todas as gerações,Elohim nos envia Amalec (ou outros inimigos) que nos causam problemas se não estudamos e cumprimos Torá. Voltam de novo e de novo, se não guardamos Torá.

Apenas se formos fortes no cumprimento de Torá e mitsvot Elohim nos protege dos ataques de Amalec.


Shabat Shalom L'Kulam!!!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Midrash Bô



A oitava praga: gafanhotos

Desde que Moshê e Aharon foram ao faraó com a mensagem de Elohim para libertar os judeus, o faraó havia sido castigado com sete pragas. Todas as vezes havia-se negado a dar liberdade aos judeus assim que a praga havia terminado.

Desta vez, Moshê e Aharon se dirigiram a ele pela oitava vez, com a advertência de um novo castigo: uma praga de gafanhotos.

Quando os criados do faraó escutaram esta advertência, voltaram-se para o rei e disseram: "Por quanto tempo mais deixará que este homem, Moshê, nos cause problemas? Prometa-lhe que deixará partirem todos os homens judeus para servir a Elohim. Mas faça com que as mulheres e crianças fiquem no Egito, para ter certeza de que os homens voltarão."

O faraó chamou Moshê e Aharon e perguntou: "A quem quereis tirar do Egito para servir a Elohim?"
"Todos os judeus," disseram, "homens, mulheres e crianças. Levaremos também nossos animais."
"Jamais!" gritou o faraó. "Eu poderia deixar os homens saírem, mas de maneira alguma as crianças. Devem ficar aqui, para ter certeza de que os homens regressem. Veja só o que querem! Fugir do Egito para sempre, e não aceitam fazer alguns sacrifícios. Nunca o permitirei!" Com estas palavras, o faraó virou as costas a Moshê e Aharon.

D’us então fez soprar um forte vento que trouxe gafanhotos ao Egito.

Os egípcios haviam visto gafanhotos antes, mas nunca tantos ao mesmo tempo. Havia milhões! O céu estava tão cheio deles que era impossível ver o sol. Os campos cheios de gafanhotos, como uma gigantesca manta de criaturas saltitantes, não deixavam o menor espaço livre.

A praga anterior, o granizo, havia destruído praticamente todo o cereal, a vegetação, e o pasto do Egito. Agora os gafanhotos saquearam e devoraram até as últimas lavouras que restavam. Logo todos os campos e todas as árvores estavam desprovidos de qualquer alimento. Os egípcios se preocuparam: "Morreremos de fome!"

O Faraó apelou então para Moshê dizendo que deixaria o povo partir se a praga parasse. Moshê então saiu do palácio e rezou. Elohim fez soprar outro vento levando todos os gafanhotos para for a do Egito. Imediatamente o faraó mudou de opinião e não libertou Bnei Yisrael.

A nona praga: Trevas

O faraó não desfrutou do alívio proporcionado pelo desaparecimento dos gafanhotos por muito tempo. Desta vez, Elohim disse a Moshê: "Estende sua mão para o céu, e a escuridão descerá sobre o Egito." Moshê obedeceu e a escuridão começou a descer sobre a terra, como pesado manto negro. O dia se tornou mais escuro que a noite, e a noite se fez ainda mais escura! Os egípcios já não podiam reconhecer as silhuetas, pois tudo estava envolto na mais absoluta escuridão. De nada servia acender velas ou tochas, pois as trevas cobriam tudo.

Com três dias de escuridão, a praga imperava. Elohim fez com que a nuvem negra ficasse tão espessa que os egípcios não podiam mover-se. Quem estava sentado, não conseguia levantar-se. Quem estava de pé, não conseguia sentar-se. Envolvidos na escuridão, todos os egípcios haviam se petrificado na posição em que se encontravam quando as trevas começaram. Assim, permaneceram imóveis por três dias.

Entretanto, os judeus tinham liberdade para entrar nas casas egípcias sem serem perturbados. Não apenas tinham luz nas suas casas, mas cada vez que um judeu entrava num local egípcio, a luz o acompanhava. Os judeus podiam enxergar, no entanto os egípcios na mesma casa não conseguiam ver absolutamente nada. Tal como Elohim havia planejado, os judeus agora podiam abrir armários e baús dos egípcios, onde encontravam valiosos bens. Nenhum judeu tocou num só bem pertencente aos egípcios, simplesmente conferiram os objetos.

Depois, quando Bnei Yisrael saiu do Egito, Moshê os instruiu a pedir aos egípcios: "Deem-nos ouro, prata e roupas para levarmos!"

Os egípcios afirmavam: "Não temos ouro, prata ou roupa!" E os judeus os contradiziam: "Claro que têm! Vi ouro no baú, e roupa atrás da cama." Os egípcios terminaram por admitir que os judeus estavam certos e deram o que lhes era pedido.

Algo mais sucedeu durante a praga das trevas. Entre os judeus, muitos não acreditavam que Moshê e Aharon haviam sido realmente enviados por Elohim para tirar os judeus do Egito. Disseram: "Não cremos que algum dia sairemos desta terra. E mesmo que o fizéssemos, sem dúvida morreríamos de fome no deserto. Preferimos ficar no Egito."

  Elohim então resolveu castigá-los. Morreram nos dias de escuridão, sem serem vistos pelos egípcios, que se os vissem, teriam falado: "Veja estes judeus que morrem? São tão maus como nós!"
Quando terminou a praga da escuridão, o faraó voltou a chamar Moshê e Aharon. Disse-lhes: "Desta vez estou disposto a deixar todos saírem: homens, mulheres e crianças. Porém, devem deixar as ovelhas e o gado para trás, pois precisamos deles."

"Nós também precisamos," respondeu Moshê. "Elohim nos pedirá sacrifícios. Temos de levar todos nossos animais quando partirmos."

O faraó gritou: "Fora daqui! Se tiverem a ousadia de pisar no palácio novamente, matá-los-ei!"
Moshê respondeu: "Não regressarei perante ti. Faço agora um aviso sobre a última praga: Elohim, Ele próprio, descerá ao Egito no meio da noite e matará todos os egípcios que forem os filhos mais velhos. Depois desta praga, você e sua corte virão a mim e suplicarão para irmos embora."

Em seguida, Moshê partiu.

A primeira mitsvá encomendada ao povo judeu: os juízes de Bet Din (tribunal) sempre devem fixar o começo do novo mês judaico.

Antes que a nova praga começasse, Elohim ordenou a Moshê e Aharon que ensinassem ao povo de Israel a primeira mitsvá (preceito). Moshê e Aharon ensinaram então aos judeus a mitsvá de Rosh Chôdesh: (primeiro dia do mês).

Assim que os judeus estiverem estabelecidos em Êrets Yisrael, o Bet Din determinaria todos os meses que dia seria Rosh Chôdesh, o primeiro dia do novo mês judaico. Como o tribunal decidiria quando começar o novo mês?

Vejamos:

Todos os meses a lua "cresce" e se "contrai". No princípio do mês a lua é pequena. Então cresce, até assemelhar-se a uma banana. Até a metade do mês está cheia e redonda, como uma laranja. Logo começa a contrair-se novamente. Volta a diminuir mais e mais, até desaparecer no fim do mês. No próximo mês, volta a aparecer.

Todo judeu que visse a pequena lua nova no começo do novo mês, deveria apresentar-se ao Bet Din. Ali informava: "Vi a lua nova no céu." Os juízes então aguardavam que chegasse outro judeu e afirmasse o mesmo. Logo formulavam às testemunhas numerosas perguntas para assegurar-se de que diziam a verdade. Se os juízes se sentissem satisfeitos, declaravam publicamente: "Hoje é Rosh Chôdesh, o começo do novo mês."

Hoje através de nosso calendário já determinamos o início do novo mês durante o ano inteiro. Porém, quando Mashiach chegar, os juízes do Bet Din voltarão a estabelecer cada Rosh Chôdesh segundo as testemunhas que viram a lua nova


 Elohim ordena o cumprimento de duas mitsvot antes do Êxodo do Egito

 
Elohim ordenou aos judeus que cumprissem duas mitsvot antes de sair do Egito. Somente assim seriam os judeus merecedores dos grandes milagres com que Ele os libertaria: Cada família judia deveria oferecer um corban Pêssach, um sacrifício de Pêssach; Todos os judeus que não tivessem brit milá (circuncisão) deveriam fazê-la antes de comer o corban Pêssach.

  Elohim disse a Moshê que ordenara a Bnei Israel: "Quatro dias antes de Pêssach cada família judia comprará um cordeiro ou cabra jovem. Deverá guardá-los em casa por quatro dias. Na tarde do quarto dia, deverá sacrificá-lo como corban Pêssach, uma oferenda de Pêssach."

Por que, diante de todos os animais, justamente o cordeiro foi o escolhido? Os habitantes do Egito consideravam os animais sagrados, especialmente os cordeiros. Era para eles que rezavam. Para mostrar aos egípcios que estavam equivocados, Elohim ordenou aos judeus que sacrificassem cordeiros, que eram os deuses egípcios. Ao cumprir esta mitsvá, os judeus demonstraram que confiavam em Elohim e que não acreditavam nos ídolos egípcios.

Por que Elohim ordenou que o Povo de Israel preparasse os cordeiros antecipadamente, exatamente quatro dias antes de Pêssach?

Duas razões:

  • 1. Um animal é casher para corban apenas se está perfeito, se não tem defeito sobre o corpo. Durante estes quatro dias, cada família amarrou o cordeiro à cabeceira da cama e examinou o animal minuciosamente para assegurar-se de que era casher para um corban.
  • 2. Elohim ordenou aos judeus que começassem a mitsvá alguns dias antes, para ganharem o mérito de serem tirados do Egito. Imagine que coragem tiveram as famílias judias para pegar um cordeiro – o deus dos egípcios – e prepará-lo para o sacrifício como Corban! Os judeus estavam temerosos, pensando como os egípcios ficariam furiosos quando se inteirassem do que haviam feito. Sem dúvida, matariam todos os judeus! Porém, todos escutaram as palavras de Moshê e obedeceram a ordem Divina. Cada família preparou um cordeiro quatro dias antes de Pêssach. Elohim estava orgulhoso dos judeus. Ao cumprirem esta mitsvá, mostraram que já não acreditavam nos deuses egípcios. Demonstraram também que obedeciam a Elohim, apesar de todo riso que corriam diante dos egípcios. Agora tinham um zechut (mérito) pelo qual mereciam ser redimidos.
Elohim indica aos judeus o que devem fazer com o Corban Pêssach

  Elohim disse a Moshê que ordenara aos judeus: "Na tarde de 14 de Nissan, cada família deverá sacrificar seu cordeiro. Logo deverão pôr o sangue do cordeiro sobre os batentes em ambos os lados da porta principal, bem como sobre o umbral que se encontra sobre a porta."Elohim passará sobre todas as casas do Egito no meio da noite de Pêssach, e matará todos os primogênitos egípcios. O sangue nas casas dos judeus será a prova para Elohim que os judeus O obedecem e cumprem Suas mitsvot. Por isso, terá piedade das casas judias e nada matará ali.

"Cada família judia deverá assar seu cordeiro sobre um fogo aberto e comê-lo durante a noite de Pêssach, junto com matsot e maror (ervas amargas). O maror irá lembrá-los da dura e amarga escravidão no Egito.

"Todos deverão comer o corban Pêssach totalmente vestidos e segurando um cajado na mão, prontos para sair do Egito. Elohim os tirará do Egito nesta mesma noite. Assim, devem estar prontos!Todos os anos, na noite de Pêssach, comerão um Corban Pêssach, em recordação da saída do Egito." 


O Corban Pêssach na época do Beit Hamicdash

O livro Shevet Yehudá nos conta como se apresentava o Corban Pêssach na época do Segundo Beit Hamicdash.

Em rosh chôdesh Nissan, o rei do povo judeu enviava mensageiros a todos que moravam nos arredores de Jerusalém. Os mensageiros anunciavam: "Tragam todos os cordeiros que tenham para vender, de modo que todo judeu possa comprar um animal para seu Corban Pêssach."

Todo judeu que tivesse um animal para vender o levava às colinas próximas a Jerusalém. Os cordeiros à venda eram conduzidos até um riacho para que fossem lavados cuidadosamente. Tamanha era a quantidade de cordeiros que as colinas não eram mais verdes, mas tornavam-se brancas!

No dia 10 de Nissan, quatro dias antes de Pêssach, todos os judeus que precisavam de um animal compravam um. Os quatro dias que faltavam para Pêssach eram dedicados a intensos preparativos que culminariam com a emocionante chegada do Yom Tov.

Quando chegava Erev (véspera) de Pêssach, soavam trombetas e os mensageiros anunciavam: "Escute, Povo de Elohim! Chegou o momento de oferecer o corban Pêssach." Cientes da santidade da mitsvá, os judeus se vestiam com roupas festivas. Ao meio-dia todo o trabalho cessava e a única atividade era a preparação do cordeiro. Todos os judeus dirigiam-se à azará (pátio do Beit Hamicdash) com seus cordeiros.

Fora do pátio havia doze leviim que advertiam as pessoas para não empurrarem-se ao entrar. Dentro, havia outros doze, cuidando para que as pessoas não se empurrassem ao sair da azará. As pessoas entravam em três turnos. Assim que o pátio ficava lotado, os leviim cerravam as portas. Aqueles que ficavam de fora deviam aguardar até o turno seguinte. Todos os cordeiros eram sacrificados na azará. Um cohen recebia parte do sangue da ovelha num recipiente em forma de cone, feito de ouro e prata. Este recipiente cheio de sangue do corban Pêssach devia ser vertido sobre as paredes do mizbeach (altar). Centenas de milhares de recipientes cheios de sangue deviam ser levados ao mizbeach em Erev Pêssach em uma só tarde.

Qual seria a forma mais rápida para que o sangue chegasse ao mizbeach?

Os cohanin formavam filas desde a entrada do pátio até o altar. Com a mão direita, o cohen que se encontrava no começo de uma fila passava o cone de sangue ao cohen que estava ao seu lado, que por sua vez o passava ao que estava junto a ele, e assim sucessivamente até o final da fila, até que o cone chegasse ao cohen que estava junto ao altar. Então, com a mão esquerda, este entregava o cone vazio ao cohen que tinha a seu lado, e assim sucessivamente até chegar novamente ao começo da fila. Cada cohen da fila passava cones cheios com a mão direita em direção ao mizbeach e devolvia cones vazios até chegar ao começo da fila, com sua mão esquerda.

Havia numerosas filas de cohanim. Uma fila usava somente cones de prata e a seguinte, somente de ouro. Era um belo espetáculo! A rapidez com que os cones se moviam em direção ao altar, e de volta dele. Os cones pareciam flechas de prata e ouro que cruzavam os ares!

Agora já sabemos com os cohanim podiam oferecer o sangue de tantos cordeiros numa só tarde. Naturalmente, este ágil manejo dos cones não teria sucesso sem certa prática. Os cohanim começavam a treinar trinta dias antes de Pêssach. Num lugar elevado da azará (pátio) havia dois cohanim com trombetas de prata. Sopravam as trombetas a cada vez que um dos turnos começava a oferecer seus corbanot (cordeiros). Este era o sinal para que os leviim começassem a recitar o Halel com o acompanhamento dos instrumentos musicais. Os judeus recitavam Halel (salmos de louvor) junto com os leviim.

Depois de matar as ovelhas, essas eram desossadas. Nas paredes havia ganchos especiais de ferro, onde prendiam os animais para serem desossados. Depois, os cohanim ofereciam algumas partes das ovelhas sobre o mizbeach, altar.

Cada judeu levava sua ovelha para casa, para assá-la. A maioria dos fornos estava junto à porta principal da casa, para dar caráter público à mitsvá. A oferenda de Pêssach era comida em Jerusalém esta noite, pela família ou pelo grupo que se havia reunido para este corban, como meio de recitar o Halel e louvores a Elohim. Durante a noite de Pêssach, os portais de Jerusalém permaneciam abertos devido à quantidade de gente que ia e vinha. As vozes dos judeus louvando a Elohim podiam ser ouvidas ao longe.

Que Mashiach venha em breve, para que todos possamos voltar a tomar parte na celebração de Pêssach em Jerusalém!


Elohim ordena aos judeus que celebrem Pêssach todos os anos 

Elohim disse a Moshê que ordenara a Bnei Yisrael: "Todos os anos, Bnei Yisrael guardará a festividade de Pêssach durante sete dias. O primeiro e o sétimo dias serão Yom Tov. Os cinco dias intermediários serão chol hamoed.* Durante este período não poderão comer chamets (massa levedada) e suas casas deverão estar limpas de todo chamets. "

Na primeira noite de Pêssach, a mitsvá é comer matsá e relatar na Hagadá Yetsiat Mitsraim, e como Elohim nos tirou do Egito. Todo pai judeu deve contá-la a seus filhos, para que os milagres do Êxodo do Egito jamais sejam esquecidos.

Na verdade, desde que fomos liberados do Egito os pais têm relatado aos filhos sobre Yetsiat Mitsraim. Sentados em torno da mesa do Sêder, rodeados de filhos atentos, os pais relatam com todos os detalhes e os milagres

* Fora de Erets Yisrael, agregamos um dia adicional a cada Yom Tov (festividade). Observamos os dias de Yom Tov, quatro dias de chol hamoed, e outros dois dias de Yom Tov.

O que acontece na noite do seder

Durante a noite do Seder, quando a família se senta em torno da mesa e relata sobre Yetsiat Mitsraim, Elohim reúne todos os anjos do céu e lhes diz: "Vamos escutar como Meus filhos contam sobre a redenção do Egito." Todos os anjos se reúnem e escutam. Os anjos sentem-se felizes porque quando os judeus foram libertados do Egito foi como se Elohim tivesse também sido redimido.
(Quando Bnei YIsrael sofre, é como se Elohim também sofresse). Os anjos também começam a louvar
  Elohim pelos milagres que fez durante Yetsiat Mitsraim. Exclamam: "Olha como é santo o povo que Elohim tem sobre a terra!"

A Torá chama a noite do Seder de "A noite protegida", pois Elohim distinguiu essa noite como noite de milagres para os tsadikim de todas as gerações.
Que milagres?

Alguns dos que ocorreram na primeira noite de Pêssach são:

  • Avraham lutou contra os quatro reis que haviam feito Lot prisioneiro e ganhou a guerra.
  • Durante a época do rei Chizkiyahu, o anjo de Elohim matou o exército dos assírios que estavam em guerra contra os judeus. Isto aconteceu na primeira noite de Pêssach.
  • Daniel foi jogado à jaula dos leões e salvo durante esta noite.
  • Durante a noite de Pêssach, o rei Achashverosh não conseguia dormir. Fez com que lessem seu diário, e assim a história de Purim teve um final feliz.
  • No futuro, durante esta noite Elohim fará milagres por intermédio de Eliyahu e Mashiach, ao final de nosso exílio.
Os judeus aceitam o brit milá e oferecem o Corban Pêssach

Exatamente como Elohim havia ordenado, Moshê instruiu os judeus a prepararem um cordeiro para Pêssach. Moshê disse também: somente os judeus que tivessem brit milá poderiam comer do corban Pêssach. Muitos judeus não tinham brit milá, pois o faraó lhes havia proibido de cumprirem esta mitsvá.

Moshê advertiu os judeus: "Não poderão comer do corban Pêssach, a menos que tenham brit milá. Podem ver que a milá é uma mitsvá importante, pois quando me encaminhava ao Egito, quase fui morto por um anjo, por não ter realizado e me apressado na mitsvá de brit milá do meu filho."

Os judeus aceitaram que Moshê lhes fizesse a milá e a seus filhos.

  Elohim disse: Agora Bnei Israel é digno de ser libertado. Cumpriram duas mitsvot: brit milá e a oferenda de corban Pêssach. Foi num Shabat que os judeus levaram seus cordeiros à suas casas para guardá-los como corbanot Pêssach.

Quando os egípcios descobriram que os judeus estavam sacrificar cordeiros, seus deuses, ficaram furiosos! Todos se reuniram para matar os judeus. Mas Elohim fez um milagre e nenhum egípcio conseguiu fazer mal a nenhum judeu.

Por que o Shabat anterior a Pêssach se chama Shabat Hagadol (O Grande Shabat)

Existem muitas razões pelas quais se dá este nome . Aqui seguem algumas:

Milagrosamente, Elohim salvou os judeus das mãos dos egípcios que queriam matá-los por ter usado seus deuses, os cordeiros, para sacrifícios. Como este milagre aconteceu no Shabat antes de Pêssach, ficou sendo chamado de "Shabat Hagadol", o Grande Shabat, para recordar o milagre para sempre.

Neste Shabat ocorreu outro acontecimento: Quando os egípcios viram que os judeus usavam cordeiros para seus sacrifícios de Pêssach, perguntaram: "Por que estão preparando estes cordeiros?" Os judeus replicaram: "Logo Elohim trará ao Egito uma praga, que será a morte dos primogênitos, e Ele nos ordenou que oferecêssemos sacrifícios de Pêssach para que fôssemos poupados desta praga."

Quando os primogênitos egípcios escutaram isso, apresentaram-se a seus pais e ao faraó e exigiram: "Deixem os judeus partirem em liberdade. Não queremos perder a vida por causa de uma praga!" Os pais e o faraó se negaram, e por esta razão os primogênitos desembainharam suas espadas. Sobreveio uma batalha na qual muitos egípcios perderam a vida. Para recordar este fato, chamamos ao Shabat em que isso aconteceu Shabat Hagadol.

Shabat hagadol também pode traduzir-se com o significado de "O Shabat dos grandes". Até agora, os judeus haviam sido como crianças pequenas, pois nunca haviam cumprido mitsvot. Neste Shabat, porém, cumpriram sua primeira mitsvá: a preparação de um cordeiro para o corban Pêssach. Este foi o começo da observância das mitsvot e em um certo sentido, agora tornavam-se "grandes", como um menino no dia de seu bar-mitsvá. 


A última praga; Morte aos primogênitos egípcios 

Na primeira noite de Pêssach, no exato instante em que deu meia-noite, Elohim desceu sobre o Egito com 900.000 anjos destruidores e matou a todos os primogênitos egípcios, tanto homens como mulheres. Nas casas em que o primogênito já havia morrido, o filho que havia nascido posteriormente a este era morto. Mesmo que um primogênito egípcio tivesse se mudado para outro país, era igualmente morto.

Os animais primogênitos também morriam, pois os egípcios oravam para eles. Se não tivessem morrido, os egípcios poderiam dizer: "Nossos deuses, os animais, causaram esta praga!" Elohim também destruiu as imagens dos egípcios. Quando estes entraram em seus templos na manhã seguinte, viram que todos os ídolos de metal se haviam fundido, os de pedra quebrados, e os de madeira, apodrecidos.

Quando Elohim passou sobre estas casas e matou os primogênitos, destruiu todas as casas egípcias.
Enquanto matava os primogênitos egípcios, Elohim curou os judeus das dores causadas pelo brit milá.

Não pensem que um primogênito egípcio que se escondeu numa casa judia escapou desta praga. Mesmo se estivesse dormindo na mesma cama com um judeu, o egípcio morria, enquanto o judeu era poupado.

O faraó consente em libertar Bnei Israel

Esta noite o faraó foi dormir como de costume. No meio da noite, foi despertado por gritos e prantos, procedentes de todo o palácio. As esposas, os nobres e os criados do faraó haviam encontrado os primogênitos mortos. Quando o faraó viu gente morta por todos os cantos, viu que tinha que agir imediatamente. "Chamemos Moshê e Aharon agora mesmo!" gritou, em pânico. "Devem tirar até o último judeu daqui!" O faraó temia por sua própria vida também: era um primogênito – seria alcançado pela praga?

Foi uma estranha noite. Estava claro como o dia! Elohim iluminou a noite para que todos pudessem ver claramente o castigo que aplicava aos primogênitos.

O faraó estava desesperado atrás de Moshê e Aharon. Mas, onde moravam? O faraó não tinha a menor idéia. Os criados saíram e começaram a bater às portas de todas as casas judias. O faraó falava em cada porta: "Preciso falar com eles AGORA MESMO!" Os judeus não podiam crer em seus olhos. Um rei egípcio que, no meio da noite, ia de porta em porta em busca de Moshê!

Os meninos judeus decidiram pregar uma peça ao faraó. "Moshê vive aqui!" exclamou um menino. "Não, aqui", contradisse outro. Demorou muito ao faraó encontrar a casa que procurava. Rogou a Moshê: "Leva todos os judeus imediatamente – homens, mulheres, crianças, e também os animais. Disseste que somente morreriam os primogênitos, mas não há uma só casa egípcia onde não haja morrido alguém!"

"Por favor, pede a Elohim que não me mate também. Sou primogênito e tenho muito medo de que Elohim me mate."

Moshê respondeu: "Não partiremos do Egito no meio da noite como ladrões. Iremos amanhã pela manhã, conforme as instruções de Elohim!"


O Povo de Israel sai do Egito

Na manhã seguinte, homens, mulheres e crianças judeus saíram da terra do Egito. Junto com eles, foi um grande grupo de egípcios, os eirev rav, que se sentiram tão impressionados após verem as dez pragas que decidiram converter-se ao judaísmo e seguir para Erets Yisrael.

Haviam preparado massa para assar e levar na viagem, mas os egípcios os obrigaram a sair com tanta pressa que os judeus não tiveram tempo para que a massa crescesse. Em vez disso, levaram consigo a massa crua, ázima. Logo assaram ao sol dando origem as matsot, pão ázimo. Os judeus também carregaram sobre os ombros a matsá e o maror que sobrara de seu jantar de Pêssach. Não quiseram pôr esses restos sobre o lombo de burros e os carregaram eles mesmos, tamanho o valor que davam às mitsvot de Elohim.

Antes que o Povo de Israel partisse, Moshê ordenou: "Peçam ouro e prata a seus vizinhos egípcios." Assim o fizeram, e os egípcios deram aos judeus tudo o que pediam. Assim, Elohim cumpriu uma promessa que havia feito a Avraham há mais de quatrocentos anos: "Teus filhos (Bnei Yisrael) morarão em uma terra estrangeira e serão escravos ali. Mas logo irão embora, com grandes riquezas."

O que Moshê fez após sair do Egito

Moshê não pediu aos egípcios ouro e prata para si mesmo. Estava ocupado com outras mitsvot que o impediram de enriquecer, como aconteceu com o resto de Bnei YIisrael.

Entalhou e recolheu madeira de shitim. Quando nosso antepassado Yaacov viajou ao Egito, ali plantou cedros porque sabia que um dia os judeus precisariam da madeira para construir um Mishcan. Agora Moshê recolheu todo este cedro. Os tsadikim que havia entre Bnei Yisrael a tiraram do Egito. Esta madeira foi utilizada para as vigas do Mishcan.

Moshê sabia que o Povo de Israel havia prometido a Yossef levar consigo seus ossos quando saíssem do Egito. Moshê queria cumprir essa promessa. Mas havia um pequeno problema: onde estava enterrado Yossef? Moshê não sabia, pois Yossef havia sido sepultado uns 60 anos antes do nascimento de Moshê. Porém, uma mulher muito velha, Serach, filha de Asher ben Yaacov, revelou a Moshê: "Eu sei onde enterraram Yossef. Puseram seu corpo numa caixa de metal e a jogaram na parte mais profunda do Nilo. Vem, que lhe mostrarei o lugar." Ela conduziu Moshê para local.

Moshê pegou uma prancha de ouro e escreveu sobre ela: "Alê Shor (Ascende Touro), pois Yossef é comparado na Torá a um touro robusto. Elohim fez um milagre e o pesado caixão de ferro flutuou na superfície do Nilo. Segundo outra opinião de nossos Sábios, Yossef foi enterrado no lugar da sepultura dos reis egípcios. Quando Moshê foi ao cemitério deles, viu filas e filas de ataúdes e não podia saber qual era o de Yossef. Elohim, porém, fez com que o ataúde de Yossef milagrosamente se sacudisse. Assim Moshê pôde levantá-lo e o levou para onde o povo judeu se encontrava para levá-lo na jornada do deserto.

As luchot, as tábuas que Elohim entregou a Bnei Yisrael no Monte Sinai estavam esculpidas numa pedra preciosa, a safira. Quando Moshê esculpiu as segundas luchot, Elohim deu a Moshê toda a safira que sobrou do seu trabalho de cinzelar, de modo que Moshê se tornou um homem rico. Elohim concedeu a Moshê a grande honra de ocupar-se do ataúde de Yossef. Ao falecer Moshê no final da Torá quem o enterrou? A resposta é que nenhuma pessoa o fez, mas o próprio Elohim. Esta foi a maior honra que Moshê recebeu de Elohim.


Como Elohim libertou Bnei Israel apesar da magia dos egípcios

Os egípcios eram mágicos fabulosos. Sabiam, com seus truques, como impedir que qualquer um saísse do Egito sem sua permissão. Em cada portal do Egito colocaram cães de ouro. Esses cães começavam a latir, assim que um escravo tentava fugir do Egito. Castigavam o escravo que escapasse, para que este não pudesse sair dos limites do país.

Quando Elohim libertou Bnei Yisrael do Egito, porém, anulou toda a magia. Nem ao menos um dos cães mágicos sequer abriu a boca contra Bnei YIsrael. Os judeus saíram sem nenhum impedimento. Elohim ordenou a Moshê a instruir a Bnei Yisrael em duas mitsvot que os ajudariam a lembrar para sempre como Elohim os havia libertado do Egito.

Pidyon Haben - o resgate do primogênito


Como Elohim salvou todos os primogênitos judeus da morte no Egito, decretou que todo primogênito judeu é santo e lhe pertence. Para tanto, os pais judeus devem redimir seu filho primogênito de um cohen. Como se faz isso? Os pais do filho primogênito pagam ao cohen com dinheiro ou algum objeto que valha cinco selaim (aproximadamente R$ 100,00) aos trinta dias de vida do filho, nascido de parto normal.
  Elohim também estipulou que cada animal primogênito casher pertence ao cohen, a menos que o proprietário pague para redimi-lo do cohen. Tampouco pode um proprietário judeu utilizar o primogênito de um burro.

A mitsvá de colocar tefilin (filactérios)

 Elohim ordenou que todos os homens judeus a partir dos treze anos ponham tefilin todos os dias, exceto Shabat, Yom Tov e Chol Hamoed. Os tefilin contém em seu interior um pergaminho, onde estão reproduzidas algumas partes da Torá. Alguns dos pesukim (versículos) que estão nos tefilin referem-se a Yetsiat Mitsraim. Por conseguinte, ao colocarmos tefilim também recordamos os grandes milagres de Elohim para nos libertar do Egito.


Shabat shalom L'kulam!!!