Por Yochanan ben Avraham
Introdução:
Primeiramente
gostaríamos de salientar que nosso objetivo ao escrever este artigo, não é
condenar a quem quer que seja por crer na doutrina da reencarnação, mas
questionar algumas afirmações que alegam uma origem judaica ou mesmo bíblica
para o ensino desta doutrina. Dito isto, vamos aos fatos:
Definição:
Basicamente,
“reencarnação” significa que a alma/espírito de uma pessoa é imortal e, assim
sendo, na experiência da morte física, alma/espírito sobrevive em perfeito
estado de consciência, personalidade e individualidade só que agora essa alma
“não tem um corpo”. Portanto, “reencarnar” significa o ato pelo qual a
alma/espírito de um defunto volta em algum outro corpo, quer seja humano ou
animal e, em casos extremos, podendo ser até mesmo em uma planta ou uma pedra!
Em todo caso, a idéia é perpetuar a existência da alma em algum corpo para dar
continuidade a sua vida imortal.
Origens, estrutura e desenvolvimento:
A
reencarnação é uma das doutrinas religiosas mais antigas da humanidade e
existem diversas formas deste ensino, que podem variar de um povo/cultura para
outro. Contudo, praticamente em todas as doutrinas reencarnacionistas, existem
dois pontos fundamentais em comum, são eles:
·
O regresso da alma/espírito a outro corpo tomando a forma de uma nova pessoa.
·
Uma espécie de evolução, purificação ou expiação da alma/espírito de suas
transgressões cometidas nas “vidas anteriores”
A origem da
idéia reencarnacionista está localizada na Índia, mais precisamente no
hinduísmo. Segundo o hinduísmo, se a pessoa foi “boa” e fez coisas apropriadas,
possivelmente após sua morte, ela “reencarnará” em um ser superior, mas se fez
coisas más retornará em um corpo inferior ao do homem, em um corpo de animal.
Dentro desta
crença, tudo está ligado àquilo que denominam “carma”, termo que pode ser
traduzido como ação. Neste conceito, o passado, o presente e o futuro do ser
humano estão delineados segundo o que ele próprio realizou ou definiu
anteriormente, por exemplo: se um homem é cego, é porque fez algo de ruim em
uma “vida anterior” e está experimentando as conseqüências de seus atos.
A idéia do
hinduísmo é que os prazeres materiais servem como uma espécie de desvio do
propósito superior da alma. Assim sendo, quando a alma consegue viver através
de suas “vidas” uma “encarnação” mais ascética ela atinge o que é chamado de
“Moksha” ou ‘Salvação/Libertação”.
Devido à
proximidade geográfica, a doutrina da reencarnação migrou da Índia para as
demais civilizações mesopotâmicas, sendo adotada também na religião babilônia,
principalmente com relação à mitologia do panteão de deuses babilônios, vide a
história de Tamuz, filho de Semíramis, que é considerado a reencarnação de
Ninrod.
Chegando ao
Egito, a doutrina da reencarnação tomou proporções importantes tornando-se mais
popular sendo, inclusive, mencionada por Heródoto:
“Os egípcios
foram os ‘primeiros’ a assegurarem a imortalidade da alma e que ela passa da
morte do corpo a outro animal; e quando percorreu o ciclo de todas as formas de
vida na terra, na água e no ar, ela mais uma vez adentra um corpo humano que
lhe nasce; este ciclo da alma leva três mil anos.” (Heródoto 2.123)
No chamado
“Livro dos Mortos”, a doutrina da reencarnação está associada à punição pelo
pecado e, a semelhança de outros conceitos reencarnacionistas, a alma de um
pecador se reencarnaria num animal para “pagar” por seus pecados.
A
popularidade da doutrina reencarnacionista cresceu ainda mais quando por volta
do Século VI AC, os gregos a adotaram, e através do filósofo grego Pitágoras em
meados do Século IV AC, ela ganha força.
Na filosofia
grega, a reencarnação é chamada de “metempsicose” e foi mencionada pelos
principais filósofos gregos como Sócrates, Pitágoras e Platão. Na crença grega,
permanecia a perspectiva de uma expiação e que após 10 reencarnações, a
alma/espírito poderia então se unir aos deuses do panteão grego, tendo atingido
seu estado de purificação.
Da filosofia
grega, a doutrina da reencarnação chega até os gnósticos e já no Século I dC,
devido ao caráter sincrético deste movimento, o reencarnacionismo conseguiu se
propagar nas diversas crenças religiosas, encontrando nos segmentos místicos
maometanos, cabalísticos do judaísmo e em ordens maçônicas dentro do
cristianismo, seus principais portos. Logo, poderíamos até dizer que, tais
seguimentos nada mais são do que gnosticismo com uma nova roupagem.
Quando
perguntamos por que o Criador permite aos maus uma vida boa e aos bons, muitas
vezes, uma vida carregada de sofrimentos e privações, enfermidade e pobreza.
Quando perguntamos como se justifica o sofrimento de crianças inocentes que
vivem poucos anos na pior enfermidade ou miséria, os reencarnacionistas dizem
que isto é a justiça do Criador. Em outras palavras, significa que quando uma
pessoa sofre aqui, no tempo presente, é para expiar as coisas ruins que fez em
“vidas passadas” e uma vez que pague o “débito”, a alma está livre para evoluir
a um estado superior. Portanto, a morte de inocentes e todos os outros
“infortúnios” não é outra coisa senão o tempo para sua purificação dos pecados
cometidos no passado.
Judaísmo e reencarnação:
Embora
alguns seguimentos judaicos adotem a doutrina da reencarnação, esta doutrina,
como podemos ver até agora, não é um ensino originalmente judeu. Na verdade,
essa doutrina era estranha ao pensamento judaico até meados do Século VIII, que
segundo informa a enciclopédia judaica, foi adotada pelos caraítas e outros
dissidentes judeus por influência de místicos maometanos.
Durante
muito tempo a doutrina da reencarnação, não possuía muitos adeptos desta crença
entre os judeus, nem mesmo o movimento caraíta manteve tal crença.
Antes de
dizermos como a doutrina da reencarnação adentrou e se propagou no judaísmo,
vamos ver o pensamento de alguns líderes e filósofos judeus sobre o tema:
*Saadia Gaon
(Século X)
Certamente
uma das mentes judias mais brilhantes de todos os tempos, considerava a
doutrina da reencarnação anti-bíblica, anti-judia e anti-científica. Ele chegou
a dizer sobre a doutrina da reencarnação, que sequer consideraria útil
demonstrar a tolice e baixa mentalidade dos que criam na “metempsicose
(reencarnação)” caso não temesse que eles exercessem uma influência perniciosa
sobre os outros.
*Yedaiah
Bedersi (Século XIV)
Opôs-se a
tal crença por considerá-la não judia.
*Chasdai
Kreskas (Século XIV)
Assim como
seu discípulo Yosef Albo, criticou dura e radicalmente tal idéia considerando
espúria à Fé e espírito judaicos, estando impregnada de superstições tomadas de
outras culturas, principalmente orientais (hinduísmo).
Outro fato a
se considerar é a ausência de documentos anteriores a idade média que mencione
o conceito reencarnacionista e mesmo cabalista dentro de algum seguimento
judaico, até porque tal documentação só passou a existir na própria idade
média, quando surgiu a principal sistematização da reencarnação com roupagem
Judaica, “o Zohar”, principal obra cabalista. É a partir deste livro, que a
doutrina da reencarnação começa a fazer parte do misticismo judaico, mas não é
necessariamente, do judaísmo.
Por mais que
os proponentes tentem afirmar a “judaicidade” deste conceito, atribuindo as
práticas cabalistas aos patriarcas e mesmo a Moshe (Moisés), NÃO HÁ NADA QUE
PROVE TAL AFIRMAÇÃO! Portanto, o conceito de reencarnação ou transmigração da
alma, não tem sua origem na Torá, mas comprovadamente no sincretismo religioso.
Reencarnação x Expiação:
Vejamos o
que diz o Zohar:
“Todas as
almas estão sujeitas a transmigração; e o homem não conhece os caminhos do
Santo, bendito seja. Eles não sabem que são trazidos ante ao tribunal antes de
entrarem e saírem deste mundo. São ignorantes quanto às muitas transmigrações e
provas secretas que devem confrontar e a enorme quantidade de almas que entram
neste mundo e que não podem retornar logo ao palácio do Rei. Não sabem como as
almas se movem como uma pedra atirada por um estilingue. Mas é chegado o tempo
para que estes mistérios sejam revelados” (Zohar II. 99b)
Considerando
ainda a conceituação cabalista sobre o assunto, temos o pensamento de um dos
principais nomes da cabalá, Isaac Lúria (Século XVI) segundo ele, todas as
almas destinadas a humanidade foram criadas em um só corpo composto
originalmente por Adam HaRishon (Adão o primeiro/ primordial). Em outras
palavras, cada órgão e célula do primeiro homem, continha potencialmente, todas
as almas da humanidade. Este conceito define que se as almas estivessem na
parte superior de Adam, por exemplo, no cérebro, eram almas superiores... Mas
se estivessem na parte inferior (pés) eram almas inferiores.
Segundo o
lurianismo com o pecado de Adam, houve uma comoção e estremecimento de todas as
almas humanas que estavam em seu corpo e consequentemente todas as almas,
inclusive as mais elevadas e puras foram contaminadas. Isto produziu em cada
alma que nasce um impulso para o mal que, segundo Lúria, é um produto do pecado
do primeiro homem.
Segundo este
ensino, o impulso para o mal só será erradicado da humanidade, com a vinda do
Mashiach ben David. Enquanto isto, devido à contaminação do mal em todas as
almas, estas não pode retornar a sua fonte original e devem vaguear em corpos
humanos e inclusive, em corpos inanimados como as pedras. Mas, se uma alma
“reencarnada” conseguir se elevar e superar todas as tentações, ao morrer
poderá ir diretamente ao “Gan Eden (Jardim do Éden/paraíso)”. Do contrário,
terá que “reencarnar” em outro corpo humano ou mesmo animal e até mesmo em uma
pedra, para terminar seu processo de purificação e elevação espiritual.
Mais uma vez
vemos a reencarnação sendo tratada como meio de expiação para a alma/espírito,
porém este conceito fere totalmente o conceito judaico e bíblico de expiação.
Crer na Torá, assim como toda escritura sagrada, não se compatibiliza a essa
doutrina, pois se para resolver o problema do pecado do homem, suas más ações e
transgressões a solução é a reencarnação em outro corpo assumindo uma nova
vida, por que então o Criador nos deu o mandamento de arrependimento e todo o
sistema levítico para o perdão e purificação do pecado?
Além
de desprezar a Torá, que é a instrução do Criador para uma vida elevada, as
doutrinas reencarnacionistas apresentam problemas éticos, os quais apresentamos
a seguir:
“Como
podemos ajudar uma pessoa enferma que está sofrendo a ser curada, se tal
enfermidade e sofrimento fazem parte do processo de purificação dos pecados da
mesma? Não estaríamos interferindo, ou mesmo impedindo que ela alcançasse sua
purificação?”
Se
examinarmos as escrituras e considerarmos suas palavras, veremos que ela não
apóia tais idéias. Pois ela revela que a expiação é por meio do sistema
sacrificial estabelecido pelo próprio Criador na Torá e por meio de seu Servo
justo, assim como a ressurreição dos mortos.
Estas duas
coisas, expiação e ressurreição, são os dois recursos que o próprio Criador
estabeleceu ao homem enquanto este viver aqui e agora, ao que devemos responder
com gratidão, humildade e arrependimento. Não devemos esquecer que sem
arrependimento, não há remissão de pecados.
Yeshua, o cordeiro de Elohim que tira
o pecado do mundo.
Na tentativa
de desqualificar Yeshua como Mashiach (Messias), muitos dentro do judaísmo
tradicional e da cabalá, utilizam o argumento da expiação levítica para
demonstrar que ele, Yeshua, não poderia ser, segundo a Torá, alguém habilitado
para fazer a expiação dos pecados de Israel, pois para tal, era necessário que
o indivíduo competente para o serviço fosse um Cohen (sacerdote) da linhagem de
Aharon (Aarão), e como Yeshua não era sacerdote e nem da linhagem de Aharon não
poderia realizar o ofício expiatório.
Para demonstrar
que este argumento não se sustenta, vamos verificar nas escrituras, se somente
os levitas filhos de Aharon estavam autorizados a fazerem sacrifícios pelo povo
e se existia apenas esta “ordem sacerdotal”. Vejamos:
Sh’muel
(Samuel)
Foi
sacerdote e não era da tribo de Levi, mas de Efraim (ver Sh’muel alef (I
Samuel) 1.1, 19 e 20; 13.7-13)
Os filhos de
David
Não eram
levitas, mas judeus (como Yeshua) e eram sacerdotes (ver Sh’muel beit (II
Samuel) 8.18)
A ordem de
Malk-Tsedek (Melquisedec)
Uma profecia
notoriamente messiânica indica outra ordem sacerdotal, com um status superior a
dos levitas, pois é atribuída a esta outra ordem um sacerdócio eterno (ver
tehilim (salmos) 110. 4, que lido em conexão com Z’charyah (Zacarias) 6.12 e
13; 3.8-10; Yirmeyahu (Jeremias) 23.3-7; Yeshayahu (Isaías) 11.1-5) nos levarão
a concluir que Yeshua ha Natzaret cumpriu literalmente estas profecias. Vide
Matitiyahu (Mateus) 22.44; 27.11; 28.18; Ma’assei (Atos) 2.34 e 35; Ivrim
(Hebreus) 1.13; 7.1-28 e Guilyana (Apocalipse) 15.11-16. Portanto, podemos
afirmar que o sistema expiatório dado pelo Eterno, continua vigente, não sendo
necessária a formulação de outro sistema, como a reencarnação ou transmigração
de almas para que haja uma purificação, pois é o sangue que faz expiação pela
vida (ver Vayikrá (Levítico) 17.11 c/c Yochanan alef (I João) 1.7 e 2.1 e 2).
Agora, vejam
a contradição entre os que dizem que Yeshua não pode fazer expiação por não
pertencer a linhagem de Aharon e, portanto, transgredir a Torá:
Ao admitirem
que por meio da reencarnação a pessoa possa ter seu pecado expiado, eles estão
aceitando algo diferente do que aquilo que foi estabelecido pelo Criador em sua
Torá! Algo que eles mesmos consideraram indispensável, com relação a Yeshua, no
que diz respeito a expiação de pecados...Ou seja, usam de dois pesos e duas
medidas para julgarem a questão, cometendo uma abominação perante o Eterno (
ver Mishlei (Provérbios) 11.1)
Reencarnação segundo o Espiritismo:
Poderíamos
dizer que no ocidente, os principais proponentes da doutrina da reencarnação,
seguem os ensinos do francês “Hippolyte Léon-Denizard Rivail”, que ficou
conhecido no mundo inteiro pelo nome de “Allan Kardec”.
Em 18 de
Abril de 1857 foi publicado o “Livro dos Espíritos”, que apresentava ao mundo a
parte filosófica da doutrina.
Na verdade,
Kardec não é o criador da doutrina da reencarnação tendo em vista que este
conceito já existia a muitos séculos antes, mas é inegável o fato dele ser o
codificador desta doutrina para a sociedade de então, e devido a predominância
cristã no ocidente, é possível afirmar que a obra de Allan Kardec, buscou,
dentre outras coisas adaptar os textos bíblicos às hipóteses
reencarnacionistas.
Em janeiro
de 1861, para a parte experimental e científica, Allan Kardec publicou a obra “O
Livro dos Médiuns” visando o aspecto prático para todos os que desejassem
ocupar-se das manifestações, seja pessoalmente, seja pela observação das
experiências alheias.
É a partir
deste conceito de comunicação com espíritos, proposto pelo referido livro, que
identificamos um grave problema nesta prática, pois são contrários ao que
é instruído pelo Eterno, comparemos os textos:
“Podemos
evocar todos os espíritos, seja qual for o grau da escala a que pertençam: os
bons e os maus...” (Livro dos Médiuns, capítulo 25 item 274)
“Entre ti
não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem
adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; Nem encantador,
nem quem consultem a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os
mortos; Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas
abominações o SENHOR teu Elohim os lança fora de diante de ti” (D’varim
(Deuteronômio)18.11)
Como podemos
observar, existe uma grande diferença entre um texto e outro, ou seja, um
incentiva e o outro proibiu a comunicação com espíritos. Obviamente, são
doutrinas antagônicas que não possuem a mesma fonte.
O
Espiritismo, assim como os demais reencarnacionistas, também dá um caráter
expiatório a reencarnação como podemos observar nos seguintes textos:
“Qual a
finalidade da reencarnação? Expiação, melhoramento progressivo da humanidade.
Sem isso, onde estaria a justiça?” (Livro dos Espíritos, pergunta 167)
“O Criador a
impõe com o fim de levá-los à perfeição. Para uns, é uma expiação, para outros,
uma missão. Mas, para chegar a essa perfeição, eles devem sofrer todas as
vicissitudes da existência corpórea: nisto é que está a expiação.” (Livro dos
Espíritos, pergunta 132)
Como já
tratamos disto no tópico ‘reencarnação x expiação’, não comentaremos sobre
estas colocações, apenas recomendaremos a leitura do mesmo.
Um ponto
interessante a se comentar, é o fato de ao perguntarmos sobre por que Yeshua
ressuscitou ao invés de reencarnar, é dito que ele era um ser evoluído que já
havia alcançado a elevação necessária e por isso não reencarnaria...
Isso nos
leva a seguinte reflexão: Yeshua era elevado porque cumpria/observava a Torá
(Lei), a qual, (como demonstramos anteriormente), repudia a idéia de
comunicação com espíritos.
Um dos
clássicos equívocos do espiritismo a cerca das escrituras, está na afirmação de
que Yochanan há matvil (João Batista) era uma reencarnação do profeta Eliyahu
(Elias), vejamos:
Em primeiro
lugar, segundo esta doutrina, para reencarnar, a pessoa precisaria ter desencarnado
(morrer) antes, sendo assim, Eliyahu não poderia reencarnar pois ele não morreu
! Mas foi transladado aos céus!(ver Melachim beit (II Reis) 2.11 e 12).
Em segundo
lugar, a própria escritura nega que Yochanan fosse Eliyahu, vejamos:
“E
perguntaram-lhe: Então quê? És tu Elias? E disse: Não sou. És tu profeta? E
respondeu: Não.” (Yochanan (João) 1.21)
Na verdade,
vir no mesmo espírito de Eliyahu, era vir sob a mesma unção do profeta algo que
outra pessoa além de Yochanan possuiu, vejamos:
“Sucedeu que,
havendo eles passado, Eliyahu disse a Elisha (Eliseu): Pede-me o que queres que
te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Elisha: peço-te que haja porção
dobrada de tua Ruach (espírito) sobre mim.” (Melachim beit (II Reis) 2.9)
O Espírito
que estava sobre Eliyahu era a Ruach HaKodesh (Espírito de Santidade), e foi
neste mesmo Espírito que Yochanan há Matvil (João Batista)
Conclusão:
A meta do
Criador para o homem é a redenção por meio de um plano de expiação claramente
estabelecido nas escrituras. A expiação tem como finalidade a ressurreição
dentre os mortos para a vida e paz eternas. A ressurreição é a esperança dos
Justos.
A
reencarnação por sua vez, se opõe a ressurreição porque estabelece que o homem
deve morrer uma centena de vezes para finalmente entrar em um estado de fusão
com o cosmos, um conceito completamente estranha a Fé bíblica, pois a
Bíblia diz:
“Porque o
Mashiach não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém
no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de YHWH;Nem também
para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra
no santuário com sangue alheio;De outra maneira, necessário lhe fora padecer
muitas vezes desde a fundação do mundo. Mas agora na consumação dos séculos uma
vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. E, como
aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, assim
também Yeshua HaMashiach, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de
muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.”
(Ivrim (Hebreus) 9.24-28)
Sendo assim,
dizemos que a reencarnação é imoral, porque, na prática, nos impede de nos
identificarmos e ajudar a uma pessoa em sua dor e tragédias sociais, pois ao
fazer-lo, estaríamos interferindo no seu processo de purificação.
A encarnação
nega o sistema expiatório dado pelo Eterno em suas escrituras, fazendo dEle um
mentiroso, pois pretende estabelecer outro programa de expiação e purificação
paralelo ao das escrituras e sem fundamento nelas.em fundamento nelas.