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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Teshuvah, Criação e os Planos do Eterno

Por Yochanan ben Avraham.

Introdução.

Refletindo no caminho percorrido até aqui, percebi que só poderei continuar minha jornada em busca ao centro da vontade do Eterno se eu considerar alguns aspectos que, a meu ver, determinará se serei bem sucedido ou não nesta empreitada, e em meio a tropeços, quedas e também disposição para levantar e continuar caminhando, desejo compartilhar algumas impressões obtidas ao longo destes quase dez anos de Teshuvah.

Definindo Teshuvah.

Teshuvah é a palavra hebraica que pode significar: resposta; volta ou retorno, dependendo do contexto em que estiver inserida. É a palavra comumente utilizada para designar arrependimento dando um sentido de retorno ao Eterno e sua palavra, a Torah.
Atualmente observamos muitos cristãos abandonando suas crenças e práticas para abraçarem a Fé judaica, adotando um estilo de vida em conformidade com os preceitos da Lei, se tornando em muitos casos motivo de chacota, escândalo e divisão dentro de seguimentos cristãos, já que para estes esta Lei foi abolida, o que está longe, muito longe de ser uma verdade. Este “fenômeno” é, na verdade, um cumprimento profético revelado em diversos textos do Tanach (conhecido como Velho Testamento), pois nestes textos é anunciado o retorno das dez tribos perdidas de Israel, conhecidas nos escritos sagrados como Efraim. (Sobre este assunto, nós oferecemos um seminário para todos os interessados em conhecer esta doutrina, o qual é anunciado neste Blog quando será realizado).
Para entendermos a Teshuvah, antes de qualquer coisa precisamos saber que isso ocorre de maneira processual, do contrário poderemos incorrer no erro de pensar que esta mudança ocorre da noite para o dia. Deve-se observar também que este processo é iniciado por aqueles que realmente buscam conhecer e servir ao Criador, e não por aqueles que apenas buscam ter uma religião puramente por necessidades e carências sociais.
Quando entendemos que este retorno (teshuvah) é um processo que se desenvolve de acordo com a entrega de cada um, a harmonia (ou mesmo a falta dela!) com que a teshuvah se desenvolve pode ser avaliada por uma analogia ao relato da criação em Bereshit (Gênesis).

Teshuvah como uma Re-Criação.

Existem muitas discussões sobre o relato da criação: se ele é literal ou metafórico; se os dias são períodos de 24 horas ou 12 horas; se os dias são eras geológicas e etc., seja como for, a única certeza que podemos ter é que a criação foi um processo, um dia de cada vez, sem essa regra as coisas “não funcionariam” bem! Vejamos: se não houvesse terra não poderia haver verduras, ervas, árvores frutíferas e frutos com suas sementes; se não houvesse o firmamento (céu), não poderia haver Sol, Lua e Estrelas; se não houvesse Mar, não haveria as criaturas marítimas e assim por diante, tudo precisou de uma estrutura pra que se pudesse desenvolver. Da mesma forma, se não respeitarmos as estruturas existentes em cada indivíduo, poderemos estar destruindo uma vida e não “re-criando”... Não estaremos cooperando com o Sumo Criador, mas atrapalhando sua obra!
Infelizmente, por lhes faltarem este discernimento muitos “teshuvandos”, ou seja, ex- cristãos, têm adotado uma postura completamente equivocada agredindo pessoas e instituições sem considerar que um dia faziam as mesmas coisas, e sem demonstrar misericórdia para com aqueles que ainda não alcançaram entendimento das escrituras, são arrogantes e implacáveis impossibilitando o retorno daqueles que estão buscando se aproximar do Eterno e Sua Palavra.
Outro aspecto a ser considerado neste processo, são os grupos que, institucionalizados ou não, têm buscado como maior ou menor intensidade fazer sua teshuvah. Estes grupos muitas vezes são atacados pelos ex-cristãos, as mesmas pessoas que só iniciaram seus processos por intermédio destes grupos que hoje são depreciados, muitas vezes de forma tão baixa que estes acusadores se parecem mais com um filho de belial do que qualquer outra coisa. Definitivamente não posso aceitar que tal pessoa esteja fazendo Teshuvah.

Os Planos do Altíssimo

É O Eterno que está promovendo a Teshuvah, e para isso Ele têm usado suas ferramentas, Ele é O Oleiro e nós o barro. Ele sabe como, onde e quando agir para trazer seu povo de volta, não cabe a mim ou a você, julgarmos Seus métodos e aqueles que têm voltado, pois Seus pensamentos são mais altos que os nossos assim como Seus caminhos também são mais elevados, devemos responder com Yechezkel (Ezequiel) quando foi questionado por Adonai acerca dos ossos secos: “Tu sabes Senhor...”
Em contra partida, não devemos nos acomodar a um estágio de conhecimento, mas lembrarmos que:

“... A senda do justo brilha como a aurora, e vai alumiando até que se faça dia...”
(Mishlei/Provérbios 4.18)

Adonai vos abençoe!!!


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Pequena reflexão sobre a religiosidade.

Por Yochanan ben Avraham

Quantas vezes você, eu e tantos outros vociferamos: "somos contra a religiosidade!". Porém amados, muitos de nós adotamos esta postura sem ter idéia dos aspectos sociológicos envolvidos...Nós rompemos com os sistemas do qual fazíamos par...te, mas continuamos, em maior ou menor grau, a ter nossos lugares "sagrados", nossas hierarquias, nossos códigos sócio-religiosos, ritos e etc... que são ingredientes da religiosidade que tão veementemente repudiamos! Entendem o paradoxo? Fugimos de uma estrutura e criamos outra cuja unica diferença esta na nomenclatura.

Nem todo religioso é hipócrita, mas (em vias de regra) todo hipócrita é religioso.

"Religião" no sentido bíblico é expressão de amor através do serviço à outrem, isso independe do que diz a palavra no grego, aramaico, servio-croata ou mandarim. Agora, Religião, num sentido geral é: conjunto de crenças e mecanismos humanos que estabelecem sua maneira de se relacionar com o Criador, ou seja, verdades institucionalizadas conforme a cosmovisão de cada grupo. Por isso se diz que: "Religião não se discute..."

Porém, o que não se discute é a opção de cada um, pois o homem têm o livre arbítrio...até o de não se crer em nada, Mas religião deve ser discutida!
Quando a religião é discutível então? Quando, em nome da Fé ou de D..., "os fíéis", pobres ou ricos, são extorquidos descaradamente em reuniões públicas (televisionadas inclusive); quando se explode um ônibus cheio de crianças ou um avião em pleno voo; quando se queima pessoas por não aceitar a imposição de um sistema dominante, como fez o diabólico tribunal do santo ofício. Sim! Continua a se "queimar" pessoas...só que ao invés de fogo, utiliza-se palavras, pois quando não conseguem refutar aqueles que questionam as incoerências teológicas de determinados grupos, os "líderes" disseminam para "suas ovelhas" chavões do tipo: "nos últimos dias haveriam falsos profetas..." quando nem eles saberiam dizer quando começaram estes últimos dias, pois suas "teologias" orbitam ao redor de seus "umbigos"...ou então acusam estes "rebeldes" de "loucos" na tentativa de persuadir seu "discípulo" a não sair da caverna...(lembram-se de Platão?)

Amigos, perdoem-me se o teor de minhas palavras soaram agressivos aos vossos ouvidos, mas não pude deixar de passar a oportunidade de dar o meu "grito' na esperança de que alguém acorde

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Como produzir o fruto do Espírito






Por Yochanan ben Avraham


Esta pequena reflexão, tem o objetivo de levar os caros leitores a uma compreensão de algo vital para àqueles que desejam gozar uma vida espiritualmente sadia e produtiva. Uma vida que produza o desejável fruto do Espírito!


O que é o fruto do Espírito?

Fruto do Espírito é descrito na Bíblia como sendo uma consequência de se andar no Espírito, vejamos o que está escrito:

"Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.
Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.
Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.
Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia,
Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,
Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.
Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.Contra estas coisas não há lei."  (Gálatas 5:16-23)


O que poucos percebem, é que este texto diz apenas qual é o fruto do Espírito, ou seja, a consequência de se andar no Espírito...Mas não diz propriamente o que é andar no Espírito! É como se alguém nos dissesse que nos foi dado um tesouro mas não dissesse onde este tesouro está...frustrante não acham? Graças ao Eterno, que não nos deixa confundido, podemos saber o que é andar no Espírito apenas lendo com mais atenção o que diz sua palavra.


Aprendendo a andar no Espírito.

Não precisamos inventar moda, fazendo elucubrações místicas para impressionar as pessoas, para saber como andar no Espírito...é simples, pois o Eterno, Bendito Seja, NÃO DIFICULTA O CAMINHO PARA ÀQUELES QUE QUEREM SEGUÍ-LO. Sendo assim, vejamos o que diz a Bíblia:

"Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito.
Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.
Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Elohim, pois não é sujeita à lei(Torá) de Elohim, nem, em verdade, o pode ser.Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Elohim."  (Romanos 8:5-8)


Reparem que o mesmo autor da carta aos Gálatas, Sha'ul (Paulo) diz que inclinação da carne é uma insubordinação à Lei do Eterno, isto significa então que sujeição a Lei do Eterno é uma inclinação espiritual, ou porque não dizer, andar no espírito...
De fato, o mesmo Sha'ul nos dá um entendimento mais claro sobre isso ao dizer que a Lei (Torá) é espiritual:

"Porque bem sabemos que a Lei é espiritual..."  (Romanos 7:14)


Uma dura verdade.

Muitos costumam dizer que a verdade dói, isso pode ser verdade dependendo da situação em que vivemos. E o que iremos dizer aqui neste tópico pode "doer" em alguém, mas não fazemos isso com sadismo, fazemos com amor, pois desejamos levar pessoas que sejam sinceras em sua devoção ao Criador a considerar estas palavras. O fato é que, se não queremos deixar de comer carne de porco, camarão e outras coisas condenadas em Levítico 11, é porque somos insubordinados a Lei/Torá de Elohim; Se não queremos deixar de fazer comércio, cozinhar, enfim...cuidar de nossos negócios no Shabat é porque somos insubordinados aos mandamentos de Elohim. Se não queremos obedecer todos os mandamentos que são possíveis cumprir hoje é sinal que estamos na carne.
Não podemos esquecer que Yeshua HaMashiach, disse que enquanto houver terra e céu, nenhum traço ou yud da Torá/Lei irá se omitir (Mt. 5. 18)


Pense nisso!!

domingo, 12 de junho de 2011

Impactos da Teshuvá

Por Yochanan ben Avraham

Shalom chaverim (amigos)!

 Desejo expor um pensamento que na verdade não deixa de ser uma espécie de preocupação com todos aqueles que adentraram o estreito caminho da Teshuvá.

É inegável as consequências que a Teshuvá exerceu (e exerce !) em nossas vidas trazendo mudanças nos nossos conceitos, estilos de vida e etc. O que também é flagrante na Teshuvá, é a conscientização de que há uma urgente necessidade de restauração da Fé verdadeira e/ou primitiva.

Esta necessidade gera uma espécie de repúdio a tudo aquilo que tínhamos como "verdade" mas, na realidade, não era!! E no afã de realizarmos uma "faxina doutrinária", corremos o risco de perdermos,
ou mesmo, "jogarmos fora" coisas preciosas para nossa edificação e fortalecimento como cidadãos do Reinos de YHWH e mesmo como Kehilah.

Por fazermos algumas "associações equivocadas" como por exemplo: oração espontânea, jejum, vigílias, vigilância na conduta, linguajar e posturas sadias sem "palavrões" e "obscenidades
corporais", como se fossem propriedades ou particularidades do cristianismo, mas são de quem quer servir ao Eterno!!  Compreendemos que pode haver uma reação psicológica por causa deste equívoco de
associação, mas isso não justifica o abandono destas práticas que, repito, não são propriedade do cristianismo, mas de quem quer servir a HaShem.

Não creio que eu esteja exagerando ao postar tal pensamento, pois sou testemunha de que alguns daqueles que estão retornando a Torá, saindo do cristianismo, perderam (ou abandonaram) a prática da oração, jejum e etc. E se afundaram em crises, das quais muitos, infelizmente, ainda não saíram.

 Alguns reduziram sua prática de oração a "leitura" das amidot (orações formatadas praticadas no judaísmo) mecanicamente. Não estou dizendo aqui que não devemos rezar as Amidot, mas que devemos oferecer mais do que cerimônias e rituais, não podemos esquecer o que o Eterno, Ha Kadosh Baruch Hu (O Sagrado Bendito Seja Ele), falou por meio de Yeshayahu (Isaías) 29.13:

"...seu temor para comigo, não passa de "ritualismo"
                                                       (obviamente estou parafraseando).

Enfim, quero concluir dizendo que a realidade do Caminho não é simples, pois somos questionados e mesmo odiados por judeus, cristão, ateus e etc. Portanto, não devemos desprezar os conselhos dos primeiros talmidim (discípulos), como o de Sha'ul HaShaliach (Sha'ul o emissário/ apóstolo Paulo) em Efessaiah (Efésios) 6. Pois somente com um revestimento espiritual poderemos resistir a todas estas "pressões" sem retrocedermos nas nossas convicções.

Que YHWH Tsevaot nos ajude...

Shavua tov !!!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O cristianismo e o "Paquequer".

Por Yochanan ben Avraham

Introdução

Para quem não sabe, "Paquequer" é o nome do principal rio de minha cidade, Teresópolis (RJ), cuja nascente fica localizada na Serra dos Orgãos. Assim como muitos outros rios brasileiros, a realidade atual do Paquequer não é nada agradável...pois a falta de consciência ecológica da população tem causado diversos danos a saúde do rio e, porque não dizer, de toda a natureza às suas margens.

Você pode estar se perguntando: "Mas qual a relação entre o Paquequer e o cristianismo ?" Infelizmente, a realidade atual do Paquequer, reflete a realidade do cristianismo e quando fazemos um exame histórico-doutrinário deste seguimento religioso de maneira análoga com o Rio Paquequer, fica uma evidente proposta de revisão de conceitos e práticas.

Acostumados a "sujeira".

Por mais que seja vergonhoso para mim, devo confessar que ao me deparar com as condições do rio Paquequer, não fico escandalizado e nem perco o sono com o quadro degradante de poluição apresentado pelo rio, a quantidade de lixo, o cheiro fétido que suas águas exalam, o numero de ratazanas em suas margens e a quantidade de tubos que lançam esgoto 'in natura' não me causam crises...Isto ocorre porque, infelizmente, desde que me entendo por "gente" vejo este rio assim, ou seja, cresci acostumado com a sujeira do Paquequer... Porém, quando comecei a ter acesso a fotografias do passado do Paquequer e a relatos de gerações anteriores a minha sobre como era este rio, não há como não se sensibilizar e lamentar tudo o que vemos.
No Passado, podia-se tomar banho, navegar e pescar sem nenhuma preocupação ! Hoje, é praticamente impossível encontrar alguém que tenha coragem de "molhar os pés" nele...

Da mesma forma, muitas pessoas hoje não se escandalizam e nem perdem o sono com o que se 'prega' e se faz nas igrejas, pois desde que nasceram, vivem num ambiente apóstata e herege, sem saber o quão longe da verdade bíblica estão.
Não se escandalizam com a substituição do Shabat (Sábado) pelo domingo, porque nunca lhes ensinaram que essa mudança ocorreu em 7 de março de 321 EC (era comum) por ordem de Constantino, contradizendo as Sagradas Escrituras, que afirmam que o Shabat é um sinal perpétuo entre o Eterno e seu povo (Israelitas e estrangeiros enxertados por meio do Messias Yeshua) como pode ser verificado em Shemot (Êxodo) 31.13-17 e Yeshayahu (Isaías) 56. 4-8. Não se preocupam com o fato de se estar celebrando o Natal, festa essa que é um inegável sincretismo com festividades pagãs e idolatras como a saturnália, o que demonstra um total desprezo as advertências bíblicas contidas em D'varim (Deuteronômio) 7. 1-6 e Galutyah (Gálatas) 4.8-10. Não perdem o sono por celebrarem o Pessach (Páscoa) em uma data diferente da ordenada por YHWH e ainda por cima acrescentarem elementos idolatras em algo tão sagrado, esquecem ou não sabem que YHWH determinou quando e como devemos celebrar esta Festa em Shemot (Êxodo) capítulo 12, no entanto, preferem seguir o que o concílio de Nicéia (325 EC) determinou em detrimento das escrituras uma nova data para esta celebração. Sem falar da implementação de elementos estranhos ao mandamento como ovos, chocolate, colombas e etc. simbolismos de culto a divindades incorporadas em algo que devia expressar santidade ao Único e verdadeiro Elohim, YHWH.
Acreditam em engodos sem suspeitarem de que estão sendo enganados, como por exemplo, crer e pregar um arrebatamento pré tribulacionista numa "vinda invisível" de Yeshua, doutrina que começou a ser difundida a partir de 1830 (EC), baseada em interpretações de textos isolados e "visões" de uma jovem de 15 anos que era esquizofrênica...
Nada disso assusta, porque os proponentes destes ensinos, nasceram, cresceram e morreram acreditando que as coisas sempre foram desta forma...mas não imaginam ou imaginavam que as coisas poderiam ser diferentes. Porém, se buscarem conhecer a origem das práticas cristãs, serão obrigados a rever muitas de suas práticas e crenças.

Sede, doenças e morte.

O corpo humano é composto por 70% de água e o ser humano pode ficar até quatro dias sem água ou até sete dias em tempo frio - dependendo, claro, das condições físicas de cada um. Com isso, podemos ter uma noção do quanto a água é importante para nós.
Não são raros os casos de pessoas que, numa situação extrema como estar parcialmente soterrado, ou em meio a escombros, perdidos num deserto ou náufrago em alto mar, terem bebido, para poder sobreviver, a própria urina ou próprio sangue...sede extrema nos leva a uma atitude extrema ! Por isso, não duvido que, se estivermos numa situação assim, não hesitaríamos em beber das águas do "Paquequer", mesmo estando imundas...no entanto, não morreríamos de sede, mas certamente contrairíamos alguma doença (como a cólera por exemplo) que nos mataria aos poucos e de maneira bem angustiante...

Comparemos o que foi dito acima com o que diz Amós 8.11:

"Eis que vêm dias, diz o Senhor YHWH, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras de YHWH.
E irão errantes de um mar até outro mar, e do norte até ao oriente; correrão por toda a parte, buscando a palavra de YHWH, mas não a acharão.
Naquele dia as virgens formosas e os jovens desmaiarão de sede.".

As escrituras prevê uma fome e uma sede que levarão os homens a percorrerem grandes distâncias para saciarem suas necessidades, fome e sede de ouvir a Palavra do Senhor.
Por causa desta sede anunciada, muitos têm bebido de fontes que jorram águas turvas e a grande tragédia se configura no fato de que ao invés de morrerem  de sede, morrerão em decorrência das doenças causadas pelas "bactérias" existentes nestas "águas" onde a pior delas é a ANOMIA (negação da Torá)

Como escapar, onde encontrar água limpa ?

Mesmo hoje, em pleno Século XXI, onde a poluição é crescente mesmo com o esforço para conscientizar a população, é possível encontrarmos água potável no Paquequer. Se percorrermos o sentido contrário das correntezas do rio, inevitavelmente chegaremos na nascente deste rio, onde poderemos encontrar água limpa e saudável que refrigerará nosso corpo...
A mesma coisa acontecerá espiritualmente se decidirmos encontrar a nascente da Fé, ou seja, onde tudo começou.
Ao contrário do que muitos dizem, este tudo, não começou no Evangelho de Mateus mas muito, muito antes disso. E nestes dias onde celebramos Shavuot (Festa das Semanas, conhecida como Pentecostes), nada mais apropriado do que dizer que a fonte de água limpa e viva, começou a jorrar para nós no Monte Sinai quando o "Memra" (Verbo/Essência) de YHWH nos deu sua santa Lei /Torá.

Voltemos à pureza das escrituras, vamos nos esforçar contra a correnteza deste rio fétido e imundo para chegarmos a nascente da Vida.

Shavua Tov a todos !