As nuvens de Elohim protegem Bnei Israel no deserto
Elohim tirou os judeus do Egito para levá-los à Erets Israel. O caminho mais curto para lá era cruzando através da terra dos Pelishtim.
Porém, Elohim os conduziu por um caminho diferente, maior: ao redor da terra dos Pelishtim. O caminho mais curto, pensou Elohim, tornaria demasiado fácil para os judeus o retorno ao Egito. Assim que fossem atacados pelos inimigos, sentiriam medo e tratariam de voltar ao Egito. Por esta razão, Elohim os levou pelo caminho mais longo, através do deserto.
Como Moshê e Bnei Israel sabiam o caminho?
Elohim enviou uma nuvem que os precedia, e eles a seguiam. À noite, uma coluna de fogo mostrava o caminho. Iluminava o povo de Israel, para que pudessem ver no escuro. Além disso, nuvens os rodeavam, dando-lhes proteção: uma a leste, outra a oeste e outra pelo sul. Uma outra nuvem se estendia debaixo dos seus pés como um tapete, para suavizar-lhes o caminho e levar os tsadikim (homens justos). Outra nuvem flutuava no ar sobre eles e os protegia do calor do sol. Toda a travessia do deserto foi feita sob a proteção de Elohim.
Uma parábola:
Por que Elohim enviou uma coluna de fogo à noite? O rei estava muito ocupado. Todos aqueles que tinham uma reclamação a fazer iam vê-lo neste dia, de modo que pudesse escutá-los e emitir um juízo que estabeleceria a paz entre as partes conflitantes.
Os filhos do rei estavam sentados ao redor do trono, escutando os sábios pareceres emitidos pelo pai. Uns atrás dos outros, os súditos iam e vinham. Quando o último saiu, o dia havia chegado ao fim. Caía a noite. A sala do trono estava se tornando escura. O rei pôs-se de pé, acendeu uma tocha, e a colocou à frente dos filhos, para que pudessem achar o caminho e sair do palácio. Todos os nobres e serventes se apressaram em correr para ajudá-lo. "Não se preocupe em segurar a tocha para seus filhos, majestade!" exclamaram. "Nós o faremos."
O rei replicou: "Não seguro a tocha para meus filhos por não ter quem o faça por mim. Seguro-a eu mesmo porque desejo mostrar o quanto amo meus filhos. Então vocês os tratarão com o devido respeito."
De maneira análoga, Elohim enviou sua coluna de fogo adiante de Bnei Israel no deserto. Poderíamos dizer que "levou uma tocha por eles." Fez isso para mostrar às nações o quanto ama os judeus.
Elohim esperava que as nações então dariam aos judeus o merecido respeito.
O faraó persegue Bnei Israel
Quando o Povo de Israel saiu do Egito, o faraó e toda sua corte se sentiram consternados. "Que erro cometemos ao deixar sair todos estes escravos judeus!" lamentavam-se. "Agora eles têm até ouro e prata!"
O primeiro pensamento do faraó foi perseguir o Povo de Israel, mas vacilou. Afinal, ele e seu povo acabaram de sofrer as dez terríveis pragas.
Elohim, porém, fortaleceu o faraó na sua decisão de perseguir Bnei Israel, pois queria que o exército do faraó se jogasse no Yam Suf (Mar de Juncos). Este seria o castigo final pela crueldade do faraó e dos egípcios, por haver afogado sem piedade os meninos judeus no rio Nilo. Elohim ordenou a Moshê: "Diga a Bnei Israel que dê a volta e se encaminhe novamente ao Egito, para que o faraó pense que se perderam. Então os perseguirá."
Assim que o faraó escutou que os judeus estavam se aproximando novamente do Egito, convocou os generais e o exército. "Os judeus estão andando em círculos," exclamou. "Parecem estar perdidos. Rápido, vamos atrás deles. Cavalgarei à frente do exército. Quando os alcançarmos, mataremos todos os judeus e recuperaremos nosso dinheiro."
O próprio faraó preparou sua carruagem. Não quis esperar pelos criados, tão ansioso estava para persegui-los.
O Povo de Israel percebe que o exército do faraó se aproxima
Quando os judeus olharam para trás, viram que o exército do faraó os perseguia muito de perto, e estava a ponto de alcançá-lo. Ficaram apavorados. "O faraó nos levará de volta ao Egito para converter-nos novamente em escravos," gritaram em pânico. "Ou farão isso, ou nos matarão."
Começaram a fazer tefilá (orar) e a clamar por Elohim, rogando que os salvasse. Alguns judeus que eram malvados queixaram-se a Moshê: "Por que nos tiraste do Egito? Agora o faraó nos destruirá!"
Uma parábola: A ave de rapina e a pombinha
Uma pombinha era perseguida por uma enorme e ameaçadora ave de rapina. A avezinha sabia que fugir não adiantaria de nada, pois não podia voar tão rápido como a ave de rapina. Tampouco podia lutar, pois era muito mais fraca. Logo a ave de rapina alcançaria a pombinha e a destroçaria.
Voando, a avezinha procurava desesperadamente um lugar onde esconder-se. Logo descobriu uma rocha num campo que estava sobrevoando. Sobre a rocha, viu um espinheiro. Era perfeito! A pombinha podia refugiar-se ali, onde a ave de rapina não poderia segui-la. Entrou no espinheiro e encontrou uma pequena cova na rocha. O que seria isso no fundo da cova? Para seu espanto, a pomba escutou um sibilar ameaçador. Uma serpente venenosa se aproximava, a língua em riste, a ponto de atacar. A cova era seu ninho. O que poderia fazer a pombinha? Se se adiantasse, a cobra a devoraria. Se retrocedesse, a ave de rapina a mataria. A pombinha começou a bater as asas, tentando atrair a atenção do dono do campo. Se pudesse escutá-la, espantaria a ave e mataria a serpente.
De maneira similar, o Povo de Israel estava encurralado. À sua frente, abriam-se as vastas profundezas do Yam Suf (Mar de Juncos). Se seguissem adiante, se afogariam. Mas não podiam deter-se, pois às costas tinham o exército do faraó, pronto a matá-los. Que fazer?
Clamaram a Elohim.
No céu, Avraham, Yitschac e Yaacov também despertaram e oraram a Elohim. "Por favor, Elohim, ajuda nosso povo!"
Elohim disse: "estava esperando que os judeus orassem a Mim. Agora vou salvá-los. Elohim disse a Moshê: "Aceitei sua tefilá ( oração), não precisas mais orar. Ordena a Bnei Israel que siga adiante, pois Hei de salvá-los.
Os judeus continuavam avançando. O exército egípcio os seguia. Elohim, porém, fez com que os egípcios não alcançassem os judeus. Os egípcios trataram de atacar disparando flechas contra os judeus pela retaguarda, mas Elohim mudou a posição da nuvem que ia à frente de Bnei Israel, deslocando-a para trás. A nuvem atalhou todas as flechas dos egípcios, de modo que nenhum judeu ficou ferido.
Uma parábola:
O pai cuida do seu filho
Um pai levava seu filho a um local que só podia ser alcançado cruzando-se um bosque escuro e solitário.
"Não te preocupes" o pai tranquilizou o filho. "Cuidarei para que nada aconteça."
Começou a aterradora viagem. Logo um grito estranho rompeu a quietude do bosque. Um bandido armado com um facão pulou em frente aos viajantes, seguido por seu bando. Logo, o pai escondeu o filho atrás de si, apontou o revólver para a cabeça do líder e disparou, fazendo o mesmo com outro bandido.
O resto da quadrilha fez meia volta e desapareceu a toda velocidade.
O filho suspirou aliviado, mas a viagem não continuou sendo nada agradável. Um lobo apareceu por trás deles, rugindo ameaçadoramente. O pai pôs o filho diante de si, e disparou contra o lobo.
Pouco depois, animais selvagens atacaram de todas as direções, mas o pai dominou a situação. Tomou o filho nos braços e não o soltou nem por um instante, enquanto o protegia.
Logo chegaram a uma clareira, e o sol começou a castigá-los. O pai estendeu um manto sobre o menino para protegê-lo do sol. Quando o menino tinha fome, o pai o alimentava; quando tinha sede, dava-lhe de beber.
Assim como o pai protegeu o filho de todos os perigos, Elohim protegeu os hebreus na sua travessia pelo deserto, guiados por Moshê. Quando o faraó e seu exército atacaram Bnei Israel, Elohim enviou Sua nuvem, que geralmente viajava na frente, para que os protegesse também atrás.
Kriat Yam Suf (Elohim abre o mar)
Quando os judeus estavam a ponto de chegar a Yam Suf ( Mar de Juncos), Moshê lhes ordenou em nome de Elohim: "Sigam adiante! Elohim fará um milagre. O mar recuará."
Entretanto, grandes ondas se quebravam na praia. O mar estava tão bravio como sempre; poderoso e ameaçador.
Elohim estava aguardando. Queria pôr à prova o Povo de Israel para ver se realmente confiavam nEle e se acreditavam que secaria o mar. Continuariam entrando no mar?
Nachshon ben Aminadav, o líder da tribo de Yehudá, não pensou duas vezes. Sua fé em Elohim era tão forte que saltou ao mar sem temor. Os outros judeus que confiavam em Elohim o seguiram. Continuavam adiante, embora a água lhes chegasse ao pescoço.
Elohim disse: "Sua grande emuná (fé) em Mim será recompensada." Ordenou a Moshê que estendesse a mão. Toda a água recuou abrindo um caminho por entre as águas que formavam paredes altas dos dois lados. Então o restante dos judeus cruzou pelo meio do mar, sobre terra firme.
Os milagres durante a travessia
Não havia um só caminho através do mar, pois Elohim criou doze diferentes trilhas secas, pelas quais Bnei Israel pôde cruzar. Deste modo, cada uma das doze shevatim (tribos) pôde cruzar pela sua própria trilha.
À direita e à esquerda de cada trilha, a água se congelou para formar uma parede alta. A água também formou um teto sobre as cabeças, de modo que cada tribo caminhava por um túnel. As paredes e o teto protegiam os judeus das flechas dos egípcios. Elohim também designou anjos especiais para que protegessem os túneis e cuidassem de Bnei Israel para que não sofressem nenhum dano.
O que acontecia se um menino judeu sentisse sede ao cruzar Yam Suf (Mar de Juncos)? Assim que pedia água, a parede congelada a seu lado se abria e dela surgia uma fonte de água fresca. Assim que o menino terminasse de beber, o manancial voltava a transformar-se em gelo. Se uma criança tinha fome e começava a chorar, acontecia outro milagre. As paredes de Yam Suf (Mar de Juncos) produziam de imediato uma maçã ou uma romã, ou o que a criança desejasse. A mãe estendia a mão, pegava a fruta e a dava ao menino. Este começava a sorrir e desfrutava o resto da travessia pelo oceano. Todos os judeus cruzaram sãos e salvos.
O faraó e o exército se afogam
O exército do faraó também estava se aproximando do mar. Os egípcios atravessaram uma tormenta de granizo e carvões ardentes, que Elohim jogou sobre eles, para confundi-los.
Os primeiros soldados egípcios entraram no mar imediatamente depois de Bnei Israel. Para eles, o mar não era terra firme como para os judeus. Para os egípcios, o solo estava cheio de barro pois a coluna de fogo mandada por Elohim fazia com que a terra ficasse tão quente que os cascos dos cavalos caíram por causa do calor e as rodas das carruagens se incendiaram. Por isso, os cavalos dos egípcios não podiam deter-se e regressar. Elohim os fez arrastar as carruagens mais e mais mar adentro. A cada passo que davam, as carruagens sacudiam de um lado a outro, pois haviam perdido as rodas. Os que iam sentados nelas estavam doloridos. "Saiamos daqui!" gritavam. Elohim está lutando pelos judeus."
Porém, por mais que tentassem voltar com a carruagem, não o puderam. Elohim fez com que os cavalos continuassem sua marcha adiante, e arrastassem os egípcios a uma morte horrível.
Quando o último dos judeus havia saído dos túneis, e todos os egípcios estavam no meio do mar, Elohim ordenou a Moshê: "Estende a mão!" Quando Moshê obedeceu, a água que havia formado paredes sólidas se dissolveu, e voltou a ser mar. Derramou-se em jorros sobre os egípcios, suas carruagens e seus cavalos. Os egípcios saíram das carruagens e ficaram de bruços na água.
Ao mesmo tempo em que os egípcios caíam na água, todos os egípcios que haviam permanecido no Egito também foram castigados. (o midrash não relata de que forma foram castigados.)
O fim do faraó
Existem opiniões diferentes no Midrash sobre se o faraó se afogou ou não. Segundo uma opinião, o faraó foi o último dos egípcios a cair no Yam Suf.
De acordo com esta opinião, o anjo Gabriel desceu e manteve o faraó com vida debaixo da água durante 50 dias, infligindo-lhe terríveis sofrimentos. Assim foi castigado por suas palavras zombeteiras. "Quem é Elohim que devo escutá-Lo?" Como a palavra "quem" tem valor numérico de 50, o castigo do faraó no mar foi prolongado por 50 dias antes de morrer.
Segundo outra opinião, Elohim salvou o faraó da morte. Embora a princípio o faraó tenha zombado, mais tarde fez teshuvá (se arrependeu) quando viu seu exército se afogar. Quando caiu no Yam Suf (Mar de Juncos), exclamou: "Quem entre os poderosos é como Tu, Elohim!!" Quando Elohim viu que o faraó havia feito teshuvá, disse: "Hei de salvá-lo e ele falará ao mundo todo acerca de Minha grande força e os milagres que realizei."
Elohim enviou um anjo para tirar o faraó da água. O anjo levou o faraó a uma cidade chamada Nínive, onde mais tarde tornou-se rei e levou todo o povo a fazer teshuvá.
O Midrash conclui: "Ambas opiniões são corretas: primeiro Elohim fez o faraó sofrer e afogar-se; ficou debaixo da água e foi coberto por ela. Mas Elohim o salvou antes que morresse."
Bnei Israel entoa uma shirá, cântico de graças, no Yam Suf (Mar de Juncos)
O dia em que os egípcios se afogaram era o sétimo dia desde que os judeus saíram do Egito. A Torá nos ordena que celebremos o sétimo dia de Pêssach como Yom Tov, dia em que não podemos trabalhar. Esse dia é marcado como o dia da libertação dos judeus do Egito. Até então, ainda corriam perigo de ser destruídos pelo exército do faraó.
Quando Bnei Israel viu os maravilhosos milagres de Elohim e compreenderam que haviam sido salvos e os egípcios castigados, depositaram toda sua confiança a Elohim e Moshê. Elohim lhes deu ruach hacodesh (Espírito se Santidade), e todos entoaram uma shirá, um cântico de louvor a Elohim.
Começava assim:
"Hei de cantar a Elohim pois Ele é sumamente grande. Arrojou o cavalo e seu ginete ao mar."
E terminava com as seguintes palavras:
"Elohim governará para todo o sempre. (Assim como castigou os egípcios, castigará todos aqueles que se rebelam contra Ele, e salvará aqueles que O escutam.)"
As mulheres dançavam e cantavam em separado.
No Yam Suf (Mar de Juncos), o Povo de Israel se tornou ainda mais rico que quando saíram do Egito. Os cavalos egípcios estavam adornados com ouro, prata e pedras preciosas. Elohim fez com que o mar arrastasse todos estes metais e pedras preciosas até a costa, onde Bnei Israel recolheu os tesouros.
Elohim adoça a água amarga de Mará
Os judeus continuaram viajando pelo deserto para chegar ao monte Sinai. Ali, Elohim lhes entregaria a Torá. (Como se lembram, o motivo pelo qual Elohim liberou os judeus do Egito era entregar-lhes a Torá no monte Sinai.)
Entretanto, Elohim quis pôr os judeus à prova para ver se confiavam nEle, e se mereciam receber sua preciosa Torá.
Uma prova aconteceu em Mará, caminho do monte Sinai.
Quando o Povo de Israel chegou a Mará, a água desse lugar era amarga e não servia para beber. (Mará significa amarga; a Torá chama este lugar por que a água era amarga lá).
Por isso, o Povo de Israel tinham estado procurando água, uma fonte ou um poço, por três dias. Não haviam encontrado água e tinham muita sede.
Elohim estava pondo Bnei Israel à prova. Protestariam ou confiariam em Elohim e rezariam a Ele?
A maioria do povo não protestou. Apenas os eirev rav e os reshaim (malvados) se queixaram. "O Que haveremos de beber?" Elohim prometeu a Moshê: "Realizarei um milagre para Bnei Israel. Apanhe um ramo da árvore que te mostrarei e joga-o na água amarga!" Elohim mostrou a Moshê um ramo de sabor amargo. Elohim ordenou: "Agora, joga o ramo na água amarga."
Moshê obedeceu e a madeira amarga adoçou toda a água. Agora Bnei Israel tinha água suficiente para beber. Todos os judeus viram o grande poder de Elohim. Os eirev rav fizeram teshuvá por haver protestado.
Em Mará, Elohim deu aos judeus algumas mitsvot (mandamentos) da Torá, ainda antes que a Torá tivesse sido outorgada, de maneira que se acostumassem a observar Torá. Uma das mitsvot que aprenderam em Mará foi guardar o Shabat.
Maná
– o alimento da fé
Um mês depois de deixar o Egito, o Povo de Israel havia utilizado toda a massa que havia levado. Estavam agora no deserto, onde não crescia vegetação alguma. Como poderiam obter comida?
Desta vez todos os judeus, não apenas os eirev rav, protestaram. "Nos trouxeste ao deserto para morrer de fome?" queixaram-se a Moshê e Aharon. "Dá-nos pão e carne!"
Elohim anunciou a Bnei Israel: "Dar-lhes-Ei pão e carne. Posso alimentar toda uma nação no deserto. Estais certos em pedir pão, pois estais famintos, mas não devereis pedir carne, pois poderiam ter sacrificado alguns dos animais que tendes. Não obstante, dar-lhes-Ei carne também. Mas para demonstrar que estou aborrecido, recebereis a carne à tarde, quando já não tereis muito tempo de prepará-la para a ceia."
No dia seguinte, quando os judeus despertaram, o deserto estava coberto de grãos brancos e brilhantes. Haviam caído do céu durante a noite.
"Que é isso?" perguntaram os judeus com assombro.
"É a comida que Elohim nos envia" explicou Moshê. De agora em diante, serão encontradas sobre o solo todas as manhãs.
O Povo de Israel chamou o novo alimento de man, maná. Ao comê-la, viram que era doce e deliciosa.
Elohim ordenou a cada pai que todos os dias recolhesse um omer (pouco mais de dois quilos) por cada membro da família. A maioria dos pais não pegava a medida exata. Alguns recolhiam um pouco mais de um omer por pessoa, outros menos. Mas, quando chegavam em casa e o pesavam, sempre havia exatamente um omer para cada membro da família. Se haviam recolhido a menos, o maná aumentava; se fosse demais, o maná diminuía.
Após comer o maná, Moshê ensinou os judeus a recitar o bircat hamazon (bênção de agradecimento pelo pão) até as palavras hazan et hakol.
Todas as manhãs, quando o Povo de Israel despertava, o café da manhã estava pronto para ser recolhido e degustado. Os tsadikim (justos) encontravam suas refeições à entrada das tendas. Elohim lhes facilitava a comida para que não perdessem tempo do estudo de Torá e no cumprimento das mitsvot. Aqueles que não eram tsadikim tinham que andar um pouco mais para recolher o maná. Os reshaim (malvados) tinham que andar bastante.
Que gosto tinha o maná?
Era doce e delicioso. Podia ter qualquer sabor que se desejasse. Bastava que a criança dissesse: "Queria que meu maná fosse mel", e este tinha gosto de mel.
Qual a quantidade de maná que chovia todas as manhãs? O suficiente para alimentar os judeus por dois mil anos! Logo, os judeus estavam usando apenas a mínima parte do maná que caía. A maior parte ficava no chão e se derretia sob o sol. Por que Elohim permitia tamanho desperdício? É porque Ele queria mostrar Seu grande poder: Podia fornecer muito mais do que somos capazes de consumir
Um mês depois de deixar o Egito, o Povo de Israel havia utilizado toda a massa que havia levado. Estavam agora no deserto, onde não crescia vegetação alguma. Como poderiam obter comida?
Desta vez todos os judeus, não apenas os eirev rav, protestaram. "Nos trouxeste ao deserto para morrer de fome?" queixaram-se a Moshê e Aharon. "Dá-nos pão e carne!"
Elohim anunciou a Bnei Israel: "Dar-lhes-Ei pão e carne. Posso alimentar toda uma nação no deserto. Estais certos em pedir pão, pois estais famintos, mas não devereis pedir carne, pois poderiam ter sacrificado alguns dos animais que tendes. Não obstante, dar-lhes-Ei carne também. Mas para demonstrar que estou aborrecido, recebereis a carne à tarde, quando já não tereis muito tempo de prepará-la para a ceia."
No dia seguinte, quando os judeus despertaram, o deserto estava coberto de grãos brancos e brilhantes. Haviam caído do céu durante a noite.
"Que é isso?" perguntaram os judeus com assombro.
"É a comida que Elohim nos envia" explicou Moshê. De agora em diante, serão encontradas sobre o solo todas as manhãs.
O Povo de Israel chamou o novo alimento de man, maná. Ao comê-la, viram que era doce e deliciosa.
Elohim ordenou a cada pai que todos os dias recolhesse um omer (pouco mais de dois quilos) por cada membro da família. A maioria dos pais não pegava a medida exata. Alguns recolhiam um pouco mais de um omer por pessoa, outros menos. Mas, quando chegavam em casa e o pesavam, sempre havia exatamente um omer para cada membro da família. Se haviam recolhido a menos, o maná aumentava; se fosse demais, o maná diminuía.
Após comer o maná, Moshê ensinou os judeus a recitar o bircat hamazon (bênção de agradecimento pelo pão) até as palavras hazan et hakol.
Todas as manhãs, quando o Povo de Israel despertava, o café da manhã estava pronto para ser recolhido e degustado. Os tsadikim (justos) encontravam suas refeições à entrada das tendas. Elohim lhes facilitava a comida para que não perdessem tempo do estudo de Torá e no cumprimento das mitsvot. Aqueles que não eram tsadikim tinham que andar um pouco mais para recolher o maná. Os reshaim (malvados) tinham que andar bastante.
Que gosto tinha o maná?
Era doce e delicioso. Podia ter qualquer sabor que se desejasse. Bastava que a criança dissesse: "Queria que meu maná fosse mel", e este tinha gosto de mel.
Qual a quantidade de maná que chovia todas as manhãs? O suficiente para alimentar os judeus por dois mil anos! Logo, os judeus estavam usando apenas a mínima parte do maná que caía. A maior parte ficava no chão e se derretia sob o sol. Por que Elohim permitia tamanho desperdício? É porque Ele queria mostrar Seu grande poder: Podia fornecer muito mais do que somos capazes de consumir
Moshê advertiu o Povo de Israel: não guardem maná de um dia para o outro. Todas as manhãs receberão maná fresco.
Os judeus obedeceram, exceto os reshaim (malvados) Datan e Aviram – os mesmos repreendidos por Moshê no Egito por estarem brigando – que não confiaram nas palavras de Moshê. E se amanhã o maná não caísse? Guardaram um pouco, só para ter certeza… Mas tiveram uma surpresa desagradável. Não puderam comer o resto do maná no outro dia, porque tinha um odor horrível e estava cheio de vermes.
Moshê estava aborrecido com Datan e Aviram. Geralmente Elohim protegia os judeus de todos os insetos e bichos, e agora esses reshaim tinham feito com que um alimento maravilhoso e celestial ficasse infestado de vermes!
Quando chegou sexta-feira, erev (véspera) Shabat aconteceu algo estranho. Os pais recolheram um omer de maná como de costume. Mas ao chegar em casa, viram que a porção estava duplicada! Cada omer se transformara em dois! Que significava isto?
Moshê explicou: "Amanhã é Shabat e não cairá maná, pois Shabat é um dia santo e de descanso. Todas as sextas-feiras recebereis porção dupla de maná, para durar até o final de Shabat." Alguns não acreditaram. Outros desobedeceram a ordem. "Sairemos no Shabat para buscar maná!" Naturalmente, tratava-se de Datan e Aviram.
Porém por mais que procurassem, não acharam maná em lugar algum. Elohim estava descontente com eles e castigou-os por seu comportamento.
Elohim ordenou a Moshê: "Guarda um pouco de maná num frasco para que as futuras gerações possam saber como os judeus se alimentaram no deserto."
Durante a travessia do deserto, encontravam maná todas as manhãs.
À noite, Elohim dava carne a Bnei Israel. Fazia cair aves sobre o acampamento. Eram aves casher, gordas e saborosas, que os judeus podiam comer. Elohim dá a Bnei Israel água de uma rocha num lugar chamado Masá Umerivá.
O povo de Israel se encontrava agora num lugar no deserto onde não havia fontes de água. E os judeus tinham muita sede.
Os judeus que não eram grandes tsadikim (justos) começaram a protestar: "Elohim não está ao nosso lado. Por que não nos dá água?"
Elohim havia dito a Moshê: "Agora Vou fazer um milagre. Toma teu cajado. Escolha uma rocha e bata nela com o cajado até que se parta. Um milagre acontecerá e a água brotará da rocha."
Moshê golpeou a rocha perante os zekeinim (anciãos) do povo. Brotou tal quantidade de água da rocha que puderam beber à vontade. Os judeus chamaram a rocha de "Manancial de Miriam", pois sabiam que Elohim lhes havia dado água no deserto por mérito da irmã de Moshê, Miriam, que era uma grande tsadeket (justa). Desde então, durante toda a travessia do deserto, tiveram água em abundância.
A batalha contra Amalec
Amalec era neto de Esav. Os filhos e descendentes de Amalec, os amalekim, odiavam os judeus.
Os amalekim haviam escutado que Elohim estava protegendo os judeus e que havia partido o Yam Suf ( Mar de juncos) para salvá-los. Mas não deram importância. As outras nações não ousavam atacar os judeus depois do milagre da separação do mar, mas os amalekim não ligavam e decidiram atacar Bnei Israel. Não apenas odiavam os judeus, como também eram inimigos de Elohim, pois não O temiam. Os amalekim se infiltraram no acampamento de Israel e começaram a atacar os judeus que caminhavam fora das nuvens de Elohim. (Tinham de caminhar atrás das nuvens, pois haviam pecado).
Moshê disse a seu aluno Yehoshua: "Os amalekim pensam que nos vencerão, pois o antepassado Esav foi abençoado por Yitschac com as palavras: "Tu ganharás a guerra." Hei de orar a Elohim para que possamos ganhar deles. Irei ao alto da colina, para orar ali, de modo que todos os judeus me vejam e dirijam seus corações a Elohim junto comigo."
"Você, Yehoshua, prepare um exército de tsadikim para lutar contra Amalec."
Yehoshua escolheu um exército de tsadikim. Moshê subiu à colina, com seu irmão Aharon e o sobrinho Chur, o filho de Miriam. Ordenou a Bnei Israel que jejuasse neste dia.
Moshê sentou-se sobre uma pedra, elevou as mãos ao céu, e fez tefilá (oração). Quando o Povo de Israel olhou para cima e viu Moshê, também dirigiram suas orações e corações ao céu. Elohim escutou suas preces e fortaleceu o exército de Yehoshua para lutar contra os amalekim. Porém, os braços de Moshê começaram a enfraquecer de cansaço. Já não podia mantê-los ao alto. Quando os judeus viram isso, ficaram desanimados e já não podiam continuar dirigindo com a mesma força e ânimo seus corações para Elohim, e então o exército de Amalec se fortaleceu.
Aharon e Chur ofereceram ajuda a Moshê. Elevaram os braços dele e os seguraram. Quando os judeus viram que os braços de Moshê estavam todo o tempo elevados, continuaram orando com todas as forças.
Elohim aceitou as tefilot (preces) de Bnei Israel e considerou que era um povo santo. Concedeu a vitória a Yehoshua e seu exército. Os amalekim perderam a batalha e voltaram a seu país.
Elohim disse a Moshê: "Quando os judeus se estabelecerem em erets Israel e tiverem seu próprio rei, sua primeira tarefa será lutar contra os amalekim.Todos os reis judeus deverão combatê-los, até que toda a nação seja destruída. Eu também ajudarei a aniquilar os amalekim, pois são uma nação de réprobos, que não Me temem."
Uma parábola:
Amalec se assemelha a uma mosca. Você já viu um enxame de moscas? Sabem o que as atrai? Basta deixar um pedaço de carne apodrecer em um lugar aberto e logo estará coberto de moscas. As moscas sentem a podridão e se sentem atraídas. Mesmo se as espantarmos, voltarão.
Nossos Sábios comparam a nação de Amalek com as moscas. "Sentem" quando os judeus estão "podres" (fracos ou maus). Toda vez que os judeus fraquejam no estudo de Torá e mitsvot, atacam.
Em todas as gerações,Elohim nos envia Amalec (ou outros inimigos) que nos causam problemas se não estudamos e cumprimos Torá. Voltam de novo e de novo, se não guardamos Torá.
Apenas se formos fortes no cumprimento de Torá e mitsvot Elohim nos protege dos ataques de Amalec.
Shabat Shalom L'Kulam!!!